Assessores querem que Dilma continue com força do Brasil nas relações exteriores (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2010 às 18h13.
Ao chegar ao hotel Naoum, em Brasília, onde a presidenciável Dilma Rousseff (PT) deve fazer um pronunciamento após o anúncio do resultado da eleição de hoje, o assessor para Assuntos Especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeu que a petista, caso eleita, já viaje com o presidente Lula à reunião do G-20, na Coreia do Sul, na próxima semana.
"Se for eleita, ela deve acompanhar o presidente na viagem do G-20 à Coreia. Ele vai passar por Moçambique, ela pode ir, ou pode ir direto para a Coreia. Tem outras cúpulas também. Estas reuniões multilaterais são importantes para que o Lula a apresente como nova presidente", disse Garcia, no início da noite deste domingo.
O chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, chegou ao hotel minutos depois de Marco Aurélio Garcia, e também defendeu que Dilma, se eleita, vá ao G-20 com o presidente. "O presidente abriu um caminho para ela que é extraordinário, que é este reposicionamento muito forte do Brasil no exterior", disse Carvalho, ao negar que Lula será uma "uma sombra" num eventual governo da petista. "De maneira alguma o presidente será uma sombra para o próximo governo".
O presidente Lula também escolheu a cúpula do G-20 para fazer sua despedida internacional como líder dos países emergentes. Lá deverão estar representantes das 20 maiores economias mundiais, que significam 85% do PIB, 80% do fluxo do comércio e 66% da população.