Mundo

Assessor russo acusa empresas de promover guerra com o país

Rússia decretou em agosto um embargo sobre produtos alimentares da União Europeia e dos Estados Unidos

O premier russo, Dmitry Medvedev: Rússia decretou em agosto um embargo sobre produtos alimentares da União Europeia e dos Estados Unidos (Kirill Kudryavtsev/AFP)

O premier russo, Dmitry Medvedev: Rússia decretou em agosto um embargo sobre produtos alimentares da União Europeia e dos Estados Unidos (Kirill Kudryavtsev/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 14h48.

Moscou - Um assessor do primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, acusou nesta quinta-feira a gigante americana do fast-food McDonalds e a Coca-Cola de conduzirem uma "guerra" contra a Rússia, em meio a tensões com os Estados Unidos em razão da crise ucraniana.

"O marketing agressivo, que nada tem a ver com as tradições alimentares russas, é comparável a uma operação militar contra o nosso povo", declarou Gennady Onishchenko, ex-"médico-chefe" do país, citado pela agência pública Ria-Novosti.

Onishchenko já havia considerado a Coca-Cola e a Pepsi como "verdadeiras armas químicas", lamentando que estas bebidas não estejam incluídas na lista de produtos afetados pelo embargo alimentar russa.

A Rússia decretou em agosto um embargo sobre produtos alimentares da União Europeia e dos Estados Unidos, que por sua vez adotaram uma série de sanções contra Moscou, acusando-o de apoio militar aos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.

Enquanto isso, a rede McDonalds se viu na mira das autoridades sanitárias russas, que realizaram centenas de inspeções em restaurantes da cadeia, acusando-a de "fraude contra o consumidor" e "repetidas violações" dos padrões sanitários.

Como resultado, o McDonald precisou fechar nove restaurantes em Moscou e em sua região, alguns dos quais foram posteriormente reabertos.

"Médico-chefe" da Rússia por quase 20 anos, Gennady Onishchenko, que deixou o cargo em 2013, é conhecido por ter sido o responsável pelas proibições, oficialmente lançadas por motivos de saúde, contra produtos de ex-repúblicas soviéticas com as quais Moscou mantém relações difíceis.

Desta forma, baniu em 2006 do território russo vinhos e águas minerais da Geórgia, república do Cáucaso, que etentava se aproximar do Ocidente.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoÁsiaBebidasCoca-ColaComércioEmpresasEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)EuropaFast foodFranquiasMcDonald'sPaíses ricosRefrigerantesRestaurantesRússiaUnião Europeia

Mais de Mundo

Nova Zelândia afirma que China realizou novo exercício com "fogo real" em águas próximas

Alemanha vai às urnas envolvida em pessimismo e em momento delicado com Trump e China

EUA propõe resolução na ONU sobre Ucrânia sem mencionar integridade territorial

França continua tentando bloquear acordo UE-Mercosul, diz Macron