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Assessor de Trump queria sigilo em conversa com presidente da Ucrânia

A conversa com o chefe de Estado ucraniano desencadeou o atual processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos

DONALD TRUMP: nesta semana Trump voltou a culpar o Fed por enfraquecer a capacidade americana de competir em igualdade com a China / Paul Hennessy/SOPA Images/ (SOPA Images/Getty Images)

DONALD TRUMP: nesta semana Trump voltou a culpar o Fed por enfraquecer a capacidade americana de competir em igualdade com a China / Paul Hennessy/SOPA Images/ (SOPA Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 17 de novembro de 2019 às 09h32.

Um assessor de Donald Trump recomendou restringir o acesso à conversa com o chefe de Estado da Ucrânia que desencadeou o atual processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, de acordo com seu depoimento ao Congresso, divulgado no sábado.

Timothy Morrison, especialista em Ucrânia na Casa Branca, declarou ao Congresso que percebeu de maneira imediata o caráter extremamente sensível do diálogo telefônico entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em 25 de julho.

Na ligação, que teve a transcrição publica pela Casa Branca no fim de setembro, após a intervenção de um denunciante, Trump pediu ao colega ucraniano para investigar Joe Biden, um dos principais pré-candidatos do Partido Democrata para as eleições de 2020 e seu eventual rival.

A conversa está no centro do processo de destituição iniciado pelos democratas, que acusam o republicano de abuso do poder presidencial.

"Recomendei (...) restringir o acesso a esta conversa", disse Morrison, antes de explicar que não percebeu nada de condenável no diálogo.

"O depoimento de Morrison mostra que a ligação telefônica do Trump de 25 de julho ao presidente ucraniano Zelenski provocou um alerta imediato em toda a Casa Branca", afirmou em um comunicado Adam Schiff, o congressista democrata que comanda a investigação contra o chefe de Estado.

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