O suposto terrorista, Mohammed Merah, francês de 23 anos de origem argelina, disse ter atuado sozinho, mas em nome da Al Qaeda (Pascal Pavani/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 21h31.
Washington - O assassino de Toulouse, Mohammed Merah, estava na lista negra do FBI (polícia federal americana) de supostos terroristas proibidos de embarcar em aviões que tenham os Estados Unidos como ponto de partida ou chegada, informou nesta quinta-feira um funcionário de inteligência ao canal 'CNN'.
A fonte, que falou em condição de anonimato, afirmou que Merah estava na lista há 'algum tempo', sem detalhar quanto, entre outras razões por ter participado de um acampamento de treinamento da Al Qaeda.
A lista de supostos terroristas do FBI surgiu como consequência dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Merah, um islamita radical, morreu nesta quinta-feira com um tiro na cabeça durante o ataque armado da polícia francesa ao apartamento onde ele se entrincheirou por mais de 32 horas, nas quais assumiu seus sete crimes e só lamentou não ter tido tempo de provocar mais mortes.
O suposto terrorista, Mohammed Merah, francês de 23 anos de origem argelina, disse ter atuado sozinho, mas em nome da Al Qaeda, ao assassinar desde o último dia 11 três militares, três crianças judias e o pai de duas delas em Toulouse e na vizinha Montauban.
Um grupo denominado 'O Exército do Califado', vinculado à Al Qaeda, reivindicou nesta quinta-feira os assassinatos em comunicado divulgado em sites utilizados habitualmente por grupos radicais islâmicos.
Desde o último dia de massacre, na segunda-feira passada em um colégio judaico de Toulouse, o cerco se estreitou em torno de Merah, que acumulava mais de 15 penas por crimes comuns e sobre o qual se sabia de seus contatos com círculos salafistas no Afeganistão e no Paquistão.
Em três ações, Merah usou uma moto e uma câmera pendurada no pescoço com a qual gravou imagens que mostram que atuou com ânimo de vingança pela morte de crianças palestinas, a intervenção militar francesa no Afeganistão e a lei sobre o uso do véu islâmico.