Armas de fogo: (Thinkstock/Thinkstock)
AFP
Publicado em 13 de maio de 2018 às 10h21.
O pai de quatro crianças assassinadas em uma propriedade rural perto de Margaret River, na Austrália, acusou seu sogro, neste domingo (13), de ter premeditado as mortes, no episódio mais sangrento em 22 anos no país.
Os filhos de Aaron Cockman, três meninos e uma menina com idades entre oito e 13 anos, foram encontrados mortos na sexta-feira na pequena cidade de Osmington, situada próximo da localidade vitícola de Margaret River, no sudoeste do país.
Os corpos da mãe, Katrina Miles, de 35 anos, e de seus pais, Cynda Miles, de 58, e Peter Miles, de 61, também foram encontrados perto dali.
Aaron Cockman, que disse à imprensa estar separado de sua mulher, acusou o ex-sogro de ter premeditado os assassinatos.
"Acho que pensou nisso seriamente", declarou Cockman aos jornalistas em Margaret River.
"Acho que pensou nisso durante muito tempo", acrescentou ele, em sua primeira declaração pública desde a tragédia.
Convencida de que foi um membro da família que matou os demais antes de se suicidar, a Polícia disse no sábado que não procurava suspeitos e que ainda era cedo para identificar quem estava por trás das mortes.
O delegado Chris Dawson havia informado que a Polícia encontrou três armas de fogo com licenças em nome de Peter Miles.
Ainda não se sabe a motivação do crime.
Esse tipo de homicídio é pouco frequente na Austrália, onde as leis sobre posse de armas são muito rígidas. Todas devem ser registradas, mas muitas são importadas ilegalmente pelo crime organizado.
Trata-se do pior massacre na Austrália desde uma tragédia que deixou 35 mortos, em 1996, em Port Arthur, na Tasmânia.