Mundo

Assassina da tia de Evo Morales é condenada

Leonor Ayma disse que os familiares estão parcialmente satisfeitos com a condenação

O presidente exigiu que a Polícia que esclarecesse o crime e insinuou que podia ser uma represália política contra sua família (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O presidente exigiu que a Polícia que esclarecesse o crime e insinuou que podia ser uma represália política contra sua família (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 15h40.

La Paz - Um tribunal boliviano condenou a 30 anos de prisão Nelly Gonzales por assassinar e esquartejar em 2009 uma tia do presidente Evo Morales, no entanto a filha da vítima, Leonor Ayma, disse que a família não está satisfeita pois não foi esclarecido onde está as partes do corpo da vítima ainda não encontradas.

Além dela, três homens foram condenados por ajudar Gonzales a cortar e se desfazer do cadáver de Rufina Morales de Ayma e foram sentenciados a 15 anos de prisão cada um, enquanto outras duas acusadas por cumplicidade pegaram 2 anos. O julgamento ocorreu em Cochabamba, no centro da Bolívia.

Leonor Ayma disse à Agência Efe que os familiares estão parcialmente satisfeitos com a condenação, pois esperavam que Gonzales e seus cúmplices revelassem onde esconderam as partes do corpo da vítima ainda não eencontradas. "Pensávamos que quando iam a ditar a sentença, nos iam dizer onde estava o resto do corpo e pediriam clemência. Mas isso não ocorreu", disse Leonor.

Nelly é dona de uma farmácia de Cochabamba onde Rufina Morales costumava receber injeções para reumatismo. Em junho de 2009, a acusada administrou mal o remédio provocando uma reação que causou a morte da paciente.

Os parentes da vítima informaram que ela desapareceu, após cobrar um subsídio de velhice, e que partes de seu corpo foram achadas oito dias depois em um barranco a 15 quilômetros de Cochabamba. O presidente exigiu então que a Polícia que esclarecesse o crime e insinuou que podia ser uma represália política contra sua família.

Segundo os jornais locais, Nelly admitiu no julgamento que a vítima teve uma reação alérgica e morreu em sua farmácia, por isso se desesperou e decidiu se desfazer do corpo, pois não estava autorizada a dar injeções.

Leonor Ayma assegurou à Efe que os familiares continuarão buscando as partes do cadáver que faltam. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaCrimeEvo MoralesPolíticos

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde