O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, enfrenta quatro acusações de agressão sexual (Leon Neal/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 09h25.
Londres - O Tribunal Superior de Londres autorizou nesta segunda-feira o fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, a recorrer à Corte Suprema contra sua extradição para a Suécia, país que o reivindica por supostos crimes sexuais.
A Procuradoria sueca acusa o fundador do WikiLeaks de três delitos de agressão sexual e um de estupro após a denúncia de duas mulheres, que afirmaram que os incidentes ocorreram em agosto de 2010.
No entanto, Assange diz que o processo esconde razões políticas, já que o portal revelou documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos.
Os juízes do Tribunal Superior consideraram nesta segunda que o caso de Assange é de 'importância pública' e que deve ser atendido pela máxima instância judicial britânica 'o mais rápido possível'.
Assange, que na próxima quarta-feira cumprirá um ano de detenção em Londres, compareceu ao Tribunal Superior com o objetivo de solicitar a permissão para apelar ao Supremo.
Em novembro, o Tribunal Superior rejeitou o recurso de Assange contra a decisão do juiz Howard Riddle, do tribunal de Belmarsh, no sul de Londres, que havia autorizado em dezembro de 2010 sua entrega à Suécia.
A defesa de Assange alegou que sua extradição seria 'injusta e ilegítima' e opinou que o processo judicial foi influenciado pelos Estados Unidos, o país mais prejudicado pela publicação de conversas confidenciais em seu portal.
O WikiLeaks revelou durante meses milhares de documentos confidenciais das embaixadas dos EUA, publicados em vários jornais, o que provocou a reação do Governo desse país e de muitos outros, que se viram comprometidos pelo conteúdo dos vazamentos.
Assange vive há meses em uma mansão no leste da Inglaterra como parte de suas condições de liberdade condicional.