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Assange lamenta que em quatro anos não viu seus filhos

Fundador do Wikileaks diz que sua família 'recebeu ameaças de morte' e por questão de segurança não revela quantos filhos tem


	Julian Assange: Wikileaks revelou dados dos EUA e abusos nas guerras do Iraque e Afeganistão
 (UNTV via Reuters TV/Reuters)

Julian Assange: Wikileaks revelou dados dos EUA e abusos nas guerras do Iraque e Afeganistão (UNTV via Reuters TV/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2014 às 17h58.

Londres - O fundador do Wikileaks, Julian Assange, lamentou nesta quinta-feira que, por conta do cativeiro contínuo e por razões de segurança, há quatro anos não vê seus filhos.

Durante uma entrevista coletiva na embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado, na qual também participou por videoconferência de Quito o ministro de Relações Exteriores, Ricardo Patiño, Assange explicou que sua família, incluindo sua mãe, 'recebeu ameaças de morte'.

Por questão de segurança, Assange não disse quantos filhos tem, mas sabe-se que um nasceu quando ele era muito jovem na Austrália.

Assange, que compareceu perante a imprensa com um terno preto e gravata, cabelo grisalho e aspecto pálido, garantiu que seus parentes tiveram 'que mudar de endereço e de nome'.

'Como muitas pessoas que receberam ameaças contra sua família, não posso falar por razões de segurança', afirmou o fundador do Wikileaks, portal que em 2010 revelou milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos e abusos nas guerras do Iraque e Afeganistão.

Assange foi detido em 2010 em Londres a pedido da Suécia, que o reivindica para interrogatório por supostos delitos sexuais que ele nega e dos quais não foi acusado formalmente.

Após um longo processo judicial no Reino Unido, que terminou quando a Corte Suprema autorizou sua extradição, ele se refugiou na embaixada do Equador em Londres em 19 de junho de 2012 para evitar sua entrega a Suécia, perante o temor que esse país lhe extraditasse aos Estados Unidos.

Desde então, Assange mora na sede diplomática, enquanto a Justiça sueca se nega a interrogá-lo na embaixada e o governo britânico rejeita a concessão de um salvo-conduto que lhe permitiria viajar para Equador, país que lhe deu asilo. EFE

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