Mundo

Assange, do WikiLeaks, recorre contra extradição para Suécia

O ex-hacker ganhou destaque internacional em 2010 quando o WikiLeaks divulgou milhares de mensagens diplomáticas dos EUA sobre o Iraque e o Afeganistão

Assange conta que os ataques de Gillard ao WikiLeaks contribuíram diretamente para sua decisão de concorrer nas próximas eleições (Oli Scarff/Getty Images)

Assange conta que os ataques de Gillard ao WikiLeaks contribuíram diretamente para sua decisão de concorrer nas próximas eleições (Oli Scarff/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 19h52.

Londres - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, apelou contra a decisão da Suprema Corte da Grã-Bretanha de autorizar sua extradição para a Suécia por supostos crimes sexuais.

Duas semanas atrás, os juízes da corte superior britânica rejeitaram seu argumento por maioria de 5 x 2 de que um mandado de detenção europeu para a sua extradição era inválido, aparentemente colocando um fim a uma batalha legal de 18 meses.

No entanto, seus advogados alegaram que alguns dos juízes chegaram à sua decisão com base em um ponto legal que não tinha sido discutido no tribunal, impedindo a equipe de defesa de fazer uma contra-submissão.

O tribunal concordou em dar a Assange 14 dias para contestar a decisão e uma porta-voz disse nesta terça-feira que o recurso tinha sido apresentado.

"Não foi definido prazo para avaliar as evidências", informou a porta-voz. "Estamos esperando que isso seja feito imediatamente."


O ex-hacker ganhou destaque internacional em 2010 quando o WikiLeaks divulgou milhares de mensagens diplomáticas dos EUA sobre o Iraque e o Afeganistão, no maior vazamento de documentos sigilosos da história dos EUA.

Isso fez dele um herói para os ativistas anticensura, mas o governo norte-americano ficou furioso com a liberação de documentos sigilosos.

Promotores suecos querem questionar Assange sobre as acusações de estupro e agressão sexual feitas por duas ex-voluntárias do WikiLeaks na Suécia.

Ele nega qualquer irregularidade e tem lutado contra a extradição desde sua prisão na Grã-Bretanha em dezembro de 2010.

Seus advogados argumentam que o mandado de detenção europeu era inválido porque foi emitido por um promotor e não um juiz ou um tribunal, tal como exigido na Grã-Bretanha.

Os promotores dizem que diferentes procedimentos legais são permitidos sob o formato acordado internacionalmente.

Mesmo se ele perder o recurso na Grã-Bretanha, a Austrália pode levar seu caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, potencialmente segurando o processo de extradição por meses.

Acompanhe tudo sobre:InternetJulian AssangePersonalidadesPrisõesWikiLeaks

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA