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Assad rejeita exílio e diz que irá "viver e morrer na Síria"

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, lançou na terça-feira a ideia de conceder a Assad uma saída segura do país, proposta rejeitada pelo líder sírio


	Bashar al-Assad: ele também alertou que uma intervenção estrangeira para lidar com o conflito sírio teria "consequências globais" 
 (AFP)

Bashar al-Assad: ele também alertou que uma intervenção estrangeira para lidar com o conflito sírio teria "consequências globais"  (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2012 às 09h49.

Damasco - O presidente sírio, Bashar al-Assad, rejeitou nesta quinta-feira os apelos para que busque uma saída segura, afirmando que irá "viver e morrer na Síria", em uma entrevista à rede de televisão internacional apoiada pela Rússia RT.

"Eu não sou uma marionete. Eu não fui feito pelo Ocidente para ir ao Ocidente ou para qualquer outro país", disse Assad, que enfrenta uma revolta de quase 20 meses contra seu governo, à rede de televisão em inglês, de acordo com trechos publicados no site do canal.

"Eu sou sírio, eu fui feito na Síria, eu tenho que viver na Síria e morrer na Síria", acrescentou.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, lançou na terça-feira a ideia de conceder a Assad uma saída segura do país, afirmando que isso poderia ser arranjado, embora ele deseje que o líder sírio enfrente a justiça internacional.

Assad também alertou que uma intervenção estrangeira para lidar com o conflito sírio teria "consequências globais" e afetaria a estabilidade regional.

"Somos o último bastião do secularismo e da estabilidade na região... irá ocorrer um efeito dominó que atingirá o mundo, do Oceano Atlântico ao Pacífico", disse.

"Eu não acho que o Ocidente vai (intervir), mas, se fizer isso, ninguém pode prever o que irá acontecer", afirmou.

Em outro vídeo com trechos da entrevista, Assad também ressaltou: "O preço desta invasão, se ocorrer, será muito grande, maior do que o mundo pode aguentar".

Muitos entre a oposição síria, incluindo rebeldes armados que travam sangrentas batalhas com as forças pró-regime, convocaram a comunidade internacional a intervir para deter a violência no país, que, segundo grupos de direitos humanos, já deixou mais de 37 mil mortos.

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