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Assad quer cooperação internacional contra Estado Islâmico

Presidente sírio disse que uma "cooperação internacional verdadeira e sincera" seria necessária para vencer o "terrorismo"


	O presidente da Síria, Bashar al-Assad (c), reza em mesquita de Damasco
 (AFP)

O presidente da Síria, Bashar al-Assad (c), reza em mesquita de Damasco (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 19h30.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou nesta quinta-feira que uma "cooperação internacional verdadeira e sincera" seria necessária para vencer o "terrorismo" de organizações como o grupo Estado Islâmico (EI), alvo, já mais de dois meses, de uma coalizão comandada por Washington.

"A região atravessa um período decisivo", disse Assad, durante encontro com representantes do partido Baas, no poder na Síria há meio século.

"O apoio de países amigos do povo sírio, a tomada de consciência de outras partes internacionais sobre o perigo do terrorismo para a estabilidade regional e mundial e uma cooperação internacional verdadeira e sincera frente a estes perigosos flagelos serão determinantes" durante este período, acrescentou o presidente sírio, segundo declarações publicadas pela agência oficial Sana.

No jargão do regime, a expressão países "amigos" é uma referência aos seus aliados, especialmente a Rússia, a China e o Irã. São chamados de "terroristas" os rebeldes de lutam há mais de quatro anos para derrubá-lo, assim como grupos jihadistas influentes, como o EI.

"Os grupos terroristas, com o EI à frente, não vieram do nada, mas de políticas equivocadas e agressivas daqueles que lançaram a guerra contra a Síria", afirmou Assad.

Ele fez alusão aos países que apoiam a oposição no exílio e os rebeldes, especialmente os Estados Unidos, a França, a Arábia Saudita, a Turquia e o Qatar.

Tendo apelado, várias vezes, à saída de Assad, no início da revolta síria, em 2011, Washington privilegia agora o combate ao Estado Islâmico, que semeia o terror em territórios que controla na Síria e no Iraque.

As propostas de Assad são apresentadas seis dias antes da visita de uma delegação síria de alto nível a Moscou, onde discutirá com o presidente, Vladimir Poutin, o relançamento das conferências de paz entre regime e oposição.

Segundo o jornal sírio próximo do regime Al-Watan, a Rússia vai tentar organizar um "diálogo sírio-sírio" em Moscou.

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