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Assad diz que Turquia vai pagar caro por apoio a rebeldes

Presidente sírio acusou Ancara de abrigar "terroristas" ao longo de sua fronteira, que logo se voltarão contra os próprios turcos


	O presidente sírio, Bashar al-Assad: "não é possível colocar o terrorismo no seu bolso e usá-lo como um cartão, porque é como um escorpião, que não hesitará em picá-lo na primeira oportunidade"
 (AFP)

O presidente sírio, Bashar al-Assad: "não é possível colocar o terrorismo no seu bolso e usá-lo como um cartão, porque é como um escorpião, que não hesitará em picá-lo na primeira oportunidade" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 08h22.

Istambul - O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que a Turquia vai pagar um preço muito alto por apoiar os rebeldes que lutam para derrubar o governo da Síria, e acusou Ancara de abrigar "terroristas" ao longo de sua fronteira, que logo se voltarão contra os próprios turcos.

Em entrevista à TV turca Halk, que será transmitida mais tarde nesta sexta-feira, Assad chamou o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, de "fanático" e disse que a Turquia está permitindo que terroristas atravessem a fronteira para a Síria para atacar o Exército e civis sírios.

"Não é possível colocar o terrorismo no seu bolso e usá-lo como um cartão, porque é como um escorpião, que não hesitará em picá-lo na primeira oportunidade", disse Assad, segundo uma transcrição publicada no site da Halk.

"Num futuro próximo, estes terroristas irão ter um impacto sobre a Turquia, e a Turquia vai pagar um preço alto por isso." A Turquia, que compartilha uma fronteira de 900 km com a Síria e tem a segunda maior força militar destacável da Otan, é uma das mais maiores críticas de Assad e uma defensora ferrenha da oposição, mas nega armar os rebeldes.

O país abriga um quarto dos 2 milhões de pessoas que fugiram da Síria e algumas vezes viu o confronto atravessar as fronteiras para seu território, respondendo à altura quando morteiros e bombas disparados da Síria atingiram seu solo.

Junto com os aliados ocidentais que fazem oposição a Assad, a Turquia tem se preocupado com as divisões entre os rebeldes e o aprofundamento da influência de militantes islâmicos radicais na Síria.

O grupo militante Estado Islâmico do Iraque e o Levante, filiado à Al Qaeda, tomou no mês passado a cidade de Azaz, a cerca de 5 km da fronteira com a Turquia, e entrou em conflito várias vezes com a brigada local Tempestade do Norte desde então.

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