Bashar al-Assad: presidente destacou que deve "importantes conquistas" a países "amigos", principalmente Irã e Rússia (AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2015 às 14h16.
Cairo - O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou neste domingo que seu país e seus aliados estão empenhados em continuar lutando contra o terrorismo, apesar do crescente apoio que estes grupos estão recebendo de "países hostis", informou a agência oficial de notícias "Sana".
Assad fez estas declarações em um encontro hoje em Damasco com uma delegação iraniana, liderada por Ali Akbar Velayati, conselheiro de política internacional do líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei; e o vice-ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdulahian.
"Este empenho de lutar contra o terrorismo seguirá apesar da recente escalada por parte de alguns países hostis que, enquanto dizem estar lutando contra o terrorismo, aumentaram (os envios de) fundos e armamento a estes grupos", declarou o presidente, citado pela "Sana".
Assad destacou que essa "escalada" se deve às "importantes conquistas" do exército sírio contra os terroristas, apoiado pelos "amigos", principalmente Irã e Rússia.
Ambos países apoiam o regime de Damasco e têm assessores militares na Síria para ajudar às tropas governamentais, além da campanha de bombardeios aéreos que a Rússia iniciou em setembro contra grupos armados opositores sírios.
Assad também comentou que, tanto seu governo como seus amigos, têm "a certeza que eliminar o terrorismo é o primeiro passo para a estabilidade na região e no mundo, e o verdadeiro caminho rumo ao êxito de qualquer solução política negociada" na Síria.
Por sua parte, Velayati salientou a determinação de Teerã de seguir apoiando o governo sírio, "já que a guerra que está lutando é crucial para a região e o mundo".
Além disso, expressou seu apreço pela "excepcional resolução" do povo e do governo sírios frente à "feroz guerra" lançada contra eles.
A delegação persa também se reuniu com o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, que disse que os recentes eventos puseram em evidência "quem está apoiando o terrorismo e quem está lutando contra ele", segundo a agência oficial.
O regime xiita do Irã foi um aliado-chave do governo de Assad desde o começo da guerra na Síria, em março de 2011, frente ao antagonismo dos países sunitas do Golfo Pérsico e da Turquia.