Em uma incomum aparição pública, Assad falou em uma praça no centro da capital, onde seus partidários acenavam bandeiras e exibiam fotografias suas (Joseph Eid/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h45.
Damasco - O presidente sírio, Bashar al Assad, compareceu nesta quarta-feira em público diante de milhares de seguidores em Damasco e garantiu que vai acabar 'com a conspiração' que na sua opinião existe contra a Síria.
'Vamos vencer a conspiração. Eles (os conspiradores) estão agora na última etapa da conspiração', disse Assad, em seu pronunciamento, transmitido pela TV síria.
Em uma breve e incomum aparição pública, o presidente falou a partir de um palco instalado em uma praça no centro da capital, onde seus partidários acenavam bandeiras e exibiam fotografias suas.
'Vim aqui para unir nossas mãos, olhar em direção ao futuro e caminhar em frente, colocar uma mão sobre as reformas e outra sobre a luta contra o terrorismo', explicou o líder, que foi ovacionado pelos manifestantes que gritavam frases de apoio: 'com espírito e com sangue nos sacrificaremos, Assad'.
O presidente ressaltou que nesta quarta-feira decidiu que vai estar mais presente na praça porque ser considera 'um filho da rua' que deseja e quer falar com seus cidadãos.
'O importante é ter confiança no futuro e eu tenho em vocês, porque venceremos sem dúvida nenhuma essa conspiração', afirmou Assad.
Paralelo a manifestação pró-governamental em Damasco ocorreram outras similares em Aleppo, a segunda cidade mais importante do país, na localidade litorânea de Latakia, em Dayr az-Zawr (nordeste), em Deraa e Hasaka (nordeste).
Assad indicou que seu pronunciamento teve o objetivo de agradecer e expressar seu carinho 'aos cidadãos que saíram às ruas em praças, cidades, bairros, mesquitas, colégios e universidades para confirmar o arabismo'.
O presidente fez referência ao passado da dinastia Omíada (661-750 d.C.), de Damasco, 'capital da história e da civilização, no coração dos países do Levante'.
Esse discurso de Assad ocorre um dia após de outro na Universidade de Damasco, no qual garantiu que não vai renunciar ao seu cargo e manterá pulso firme contra 'os terroristas'.
Assad anunciou ontem que fará um plebiscito constitucional na primeira semana de março e que entre maio e junho pretende realizar eleições legislativas.