O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, o premiê chinês, Wen Jiabao, e primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, iniciam uma apresentação na Asean em Phnom Penh (REUTERS / Damir Sagolj)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 06h18.
Phnom Penh - Os líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) iniciaram nesta segunda-feira (data local) reuniões com seus colegas dos países que são seus maiores parceiros, incluindo o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ao qual exporão a preocupação que causam as disputas territoriais no Mar da China Meridional.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a secretária de Estado, Hillary Clinton, que devem chegar ao Camboja à tarde após realizar uma breve visita oficial a Mianmar, também membro da Asean, devem se integrar à reunião.
O secretário-geral da Asean, Surin Pitsuwan, anunciou neste domingo na capital cambojana que a organização regional tinha decidido por consenso solicitar ao primeiro-ministro chinês o início "o mais rápido possível" de uma negociação formal para se chegar a um pacto de não agressão perante as tensões geradas pelas contínuas disputas territoriais no Mar da China Meridional.
A iniciativa dos dez países da Asean foi proposta pelo primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, durante a reunião no marco da cúpula com seu colega da China.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Qing Gang, assinalou após a reunião entre Wen e Sen, que o Governo de Pequim prosseguirá com sua atual política de resolver as disputas de forma bilateral mediante contatos diplomáticos.
China e Vietnã disputam há décadas a soberania das ilhas Paracel e Spratly, no Mar da China Meridional.
Brunei, Filipinas, Malásia e Taiwan também reivindicam parte ou totalmente as Spratly, um arquipélago de cerca de uma centena de atóis ricos em pesca, petróleo e gás.
A Asean é composta por Brunei, Mianmar, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.