(Stringer/Reuters)
Vanessa Barbosa
Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 18h42.
Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 18h43.
São Paulo - É fim de ano, mas na China parece o fim do mundo. Nesta semana, o país emitiu seu primeiro alerta vermelho de poluição em 2016.
Com o tempo frio do inverno, as nocivas usinas termelétricas a carvão estão a todo vapor por lá, o que levou as autoridades chinesas a declararem situação de emergência ambiental devido à péssima qualidade do ar.
O nível máximo de alerta é acionado sempre que a concentração de poluentes ultrapassa 500 microgramas de partículas PM2,5 (as menores e mais prejudiciais para a saúde) por metro cúbico.
Na situação atual, em média, a poluição atmosférica supera em 20 vezes os níveis considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 25 microgramas por metros cúbicos.
Segundo estimativas da ONG ambientalista Greenpeace, cerca de 460 milhões de pessoas são afetadas pela atual onda de poluição no país.
Em Shijiazhuang, capital de Hebei, província do norte chinês, os níveis de PM 2,5 ultrapassaram em 100 vezes uma diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na região norte, que concentra a maior parte das atividades industriais do país, os hospitais estão lotados de pessoas com problemas respiratórios.
Pelas ruas da capital Pequim, a poluição embaça o horizonte e muitas pessoas saem às ruas munidas de máscaras de proteção.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a China é o país mais mortal do mundo no quesito poluição do ar, um flagelo que reivindica um milhão de vidas em todo o país a cada ano.