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As Farc deixam de existir hoje, diz Colômbia em anúncio histórico

Desde terça-feira, a guerrilha marxista vem entregando 40% restantes de suas armas para a missão da ONU. Hoje, deve concluir esse processo

Guerrilheiro das Farc: grupo conclui entrega de armas para a ONU nesta sexta-feira (Mario Tama/Getty Images)

Guerrilheiro das Farc: grupo conclui entrega de armas para a ONU nesta sexta-feira (Mario Tama/Getty Images)

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AFP

Publicado em 23 de junho de 2017 às 12h23.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou em Paris que a ONU anunciará nesta sexta-feira que as FARC entregaram "100% de suas armas", o que fará com que "deixe de existir" como um grupo guerrilheiro após mais de meio século de conflito armado.

"Hoje, as FARC, a guerrilha mais antiga e mais poderosa da América Latina, deixará de existir", afirmou o presidente em um fórum econômico com líderes empresariais em Paris.

Santos, que está na França desde quarta-feira em visita oficial, disse que a notícia "muda a história da Colômbia".

Vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2016, que busca promover seu país para o período pós-conflito, Santos convidou os empresários franceses a investir na Colômbia, garantindo que seu país se tornará um dos países mais promissores da América Latina.

Desde terça-feira, a guerrilha marxista entregou os 40% restantes de suas armas para a missão da ONU na Colômbia, como parte do processo de paz alcançado no ano passado com o governo de Juan Manuel Santos. Os outros 60% foram entregues nas últimas duas semanas.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) têm mais de 900 esconderijos de armas que devem ser destruídos pela ONU o mais tardar em 1º de setembro, de acordo com o acordo de paz assinado em novembro, em Cuba.

O conflito armado envolveu guerrilheiros, paramilitares e agentes do Estado, deixando pelo menos 260.000 mortos, 60.000 desaparecidos e 7,1 milhões de deslocados.

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