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Armênia teme guerra com o Azerbaijão por região separatista

Nos últimos dias, vários confrontos foram registrados em Nagorno Karabakh, que fizeram menos 17 soldados mortos de ambos os lados

Soldados armênios e quirguizes participam treinamentos militares: país teme guerra com o Azerbaijão (Vyacheslav Oseledko/AFP)

Soldados armênios e quirguizes participam treinamentos militares: país teme guerra com o Azerbaijão (Vyacheslav Oseledko/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 17h29.

Erevan - A Armênia indicou nesta segunda-feira que teme uma "guerra" com o Azerbaijão, após vários confrontos por causa de Nagorno Karabakh, mas assegurou que faz todo o possível para reduzir a tensão na região.

"A situação é muito tensa. Certamente os nossos vizinhos são capazes de organizar a qualquer momento uma provocação que poderia levar a uma guerra", disse o ministro da Defesa armênio, Seiran Oganian.

Nos últimos dias, vários confrontos foram registrados em Nagorno Karabakh - uma região separatista disputada pelos dois países há décadas - que fizeram menos 17 soldados mortos de ambos os lados.

"Mas nós estamos fazendo todo o possível para aliviar a tensão", garantiu Oganian.

"No momento, não há motivos para iniciar uma grande ação militar", acrescentou.

No sábado, a Armênia anunciou que uma reunião entre os presidentes da Armênia e do Azerbaijão, Serzh Sargsyan e Ilham Aliev, poderia acontecer "em 8 ou 9 de agosto em Sochi" (sul da Rússia).

O chanceler russo, Sergei Lavrov, confirmou nesta segunda-feira que Aliev e Sarkisian são esperados "ainda esta semana" em Sochi, onde serão recebidos separadamente pelo presidente russo Vladimir Putin.

"Vamos conversar com nossos parceiros do Azerbaijão e da Arménia sobre o que fazer (...) para ajudar (ambos os lados) a construir a confiança e reduzir o risco de um confronto", disse Lavrov em uma entrevista à agência pública ITAR-TASS.

A Rússia está preocupada com a situação relativa a Nagorno Karabakh e com as acusações mútuas de provocação lançadas nos últimos dias pela Armênia e Azerbaijão, indicou.

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