Vista aérea de Tianjin: as explosões foram causadas pela combustão de materiais perigosos, armazenados de forma "inadequada e ilegal" (Reuters/ Stringer)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 09h55.
Pequim - A investigação oficial das explosões ocorridas em agosto do ano passado em um terminal de contêineres de Tianjin (norte da China) concluiu nesta sexta-feira que sua origem foi o armazenamento "inadequado ou ilegal" de materiais perigosos e pediu a punição de 123 pessoas, cinco em nível ministerial.
O relatório oficial divulgado pela agência "Xinhua" foi realizado pelo Conselho de Estado (governo) após cinco meses de investigações sobre as explosões, que causaram pelo menos 165 mortos, embora o número prévio de vítimas fosse de 173 falecidos e mais de 700 feridos.
As explosões foram causadas pela combustão de materiais perigosos, armazenados de forma "inadequada e ilegal" no terminal, informa o documento.
O fogo começou em um contêiner de lixo, através da combustão espontânea da nitrocelulose devido à vaporização do agente umectante em água, e o incêndio se expandiu depois inflamando outros químicos, como o nitrato de amônia.
Dias depois do acidente, que aconteceu no dia 12 de agosto de 2015, o Ministério da Segurança Pública chinês confirmou que o terminal continha pelo menos 3.000 toneladas de cerca de 40 produtos químicos perigosos, entre eles 800 toneladas de nitrato de amônia, 700 de cianureto de sódio e outras 500 toneladas de nitrato de potássio.
O relatório também indica que as explosões causaram perdas diretas de 6,870 bilhões de iuanes (cerca de US$ 1,1 bilhão), e que as autoridades chinesas ainda vigiam e controlam os níveis de contaminação na região, que dispararam após o fato.
A publicação foi feita pouco mais de uma semana depois que a Promotoria chinesa anunciou investigações contra 25 suspeitos de negligência e abuso de poder por causa das explosões, e que informou da detenção de outras 22 relacionadas com o caso.