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Armas dos EUA ajudarão no combate ao EI, dizem curdos

Armas que os Estados Unidos lançaram sobre Kobane serão de grande ajuda para combatentes que lutam contra o Estado Islâmico, segundo porta-voz curdo

Combatentes curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG) ao oeste da cidade síria de Kobane (Aris Messinis/AFP)

Combatentes curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG) ao oeste da cidade síria de Kobane (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 09h46.

Beirute - As armas que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade síria de Kobane serão de grande ajuda para os combatentes curdos que lutam contra o grupo Estado Islâmico (EI), afirmou um porta-voz das forças curdas.

Redur Xelil, porta-voz das Unidades de Proteção do Povo (YPG, principal milícia curda na Síria), confirmou a entrega das armas e disse acreditar que os combatentes receberão ajuda adicional.

"A ajuda militar lançada pelos aviões americanos durante o amanhecer sobre Kobane foi boa e agradecemos os Estados Unidos pelo apoio", disse.

"Terá um impacto positivo nas operações militares contra o Daesh e esperamos receber mais", completou, usando o acrônimo em árabe para o EI.

Xelil não revelou o tipo de armamento repassado e se limitou a afirmar que existe uma "coordenação" entre as autoridades americanas e as forças das YPG sobre a entrega, sem divulgar detalhes.

Os jihadistas do EI controlam atualmente metade de Kobane (Ain al-Arab, em árabe), que fica em uma faixa da fronteira Síria-Turquia amplamente controlada por este grupo.

O governo dos Estados Unidos anunciou a entrega de armas no domingo, com "múltiplos" lançamentos de armas fornecidas pelas autoridades curdas no Iraque.

As Forças Armadas americanas lançaram armas, munições e material médico aos curdos sírios nas proximidades da cidade de Kobane, informou o Comando Central Americano para o Oriente Médio (Centcom).

Um avião C-130 realizou várias operações, que provavelmente provocarão a irritação da Turquia, para lançar o material entregue por autoridades curdas iraquianas com o objetivo "de apoiar a resistência ante as tentativas do Estado Islâmico de tomar Kobane", afirma um comunicado do Centcom.

O governo dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais pressionam a Turquia para obter um envolvimento maior de Ancara na luta contra os combatentes do EI em Kobane.

Mas o governo turco tem dúvidas sobre armar os curdos e a respeito de uma intervenção militar contra os jihadistas.

O presidente turco, Recep Erdogan, rejeitou os apelos para que seu país arme as PYD, que ele considera um grupo terrorista, já que a organização mantém vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) turco, que há 30 anos lidera um movimento de insurgência no sudeste do país.

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