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Armas à Ucrânia podem intensificar conflito, diz Alemanha

Ministra alemã afirma que entregar armas à Ucrânia para lutar contra os rebeldes pró-russos pode intensificar o conflito e afastar chance de solução

A ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen: "concentrar-se no tema das armas pode lançar lenha na fogueira" (Cristof Stache/AFP)

A ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen: "concentrar-se no tema das armas pode lançar lenha na fogueira" (Cristof Stache/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 14h45.

Munique - A ministra da Defesa alemã advertiu nesta sexta-feira que entregar armas à Ucrânia para lutar contra os rebeldes pró-russos pode intensificar o conflito e afastar a possibilidade de uma solução.

"Concentrar-se no tema das armas pode lançar lenha na fogueira e afastar uma solução desejável", advertiu Ursula von der Leyen no início da Conferência Internacional de Segurança em Munique.

Para a funcionária, na Ucrânia "já existem armas suficientes", razão pela qual afirmou que se o Ocidente fornecer equipamento a Kiev, o fluxo militar para os rebeldes pode aumentar.

Von der Leyen se perguntou sobre se a Ucrânia pode realmente vencer o conflito e se a entrega de armas não pode ser tomada pela Rússia como uma desculpa para entrar de forma aberta no conflito.

Nesta sexta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, viajaram a Moscou para expor ao presidente russo, Vladimir Putin, um novo plano de paz diante da intensificação dos combates no leste da Ucrânia.

Devido ao agravamento da situação em terra, aumentaram as especulações sobre se os Estados Unidos podem ajudar militarmente a Ucrânia, que perdeu espaço para os rebeldes, que lançaram nos últimos dias uma forte ofensiva.

Para buscar uma solução pacífica, von der Leyen estimou que "deve ser possível encontrar uma conjunção de interesses" entre a integridade territorial da Ucrânia e a autonomia dos territórios.

Na Ucrânia se enfrentam desde abril as tropas de Kiev e os rebeldes pró-russos em um conflito que deixou mais de 5.300 mortos.

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