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Argentina volta atrás e adere à Aliança Global contra a Fome lançada por Lula no G20

Adesão argentina foi anunciada no início da cúpula, fortalecendo a iniciativa de combate à fome liderada pelo Brasil

G20: Argentina reforça a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza liderada por Lula (afp)

G20: Argentina reforça a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza liderada por Lula (afp)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 15h46.

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A Argentina aderiu no último minuto à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lançada nesta segunda-feira durante a abertura da cúpula de chefes de Estado e governo do G20, no Rio de Janeiro.

O país sul-americano era o único membro do G20 que não aparecia inicialmente na lista de fundadores da Aliança, conforme divulgado pela presidência do G20. No entanto, o governo do presidente Javier Milei anunciou sua adesão logo após o início do encontro das maiores economias do mundo, segundo comunicado do governo brasileiro.

Com a decisão, a Aliança nasce com 148 membros fundadores, incluindo:

  • 82 países, além da União Europeia e a União Africana;
  • 24 organizações internacionais;
  • 9 instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial;
  • 31 organizações filantrópicas, incluindo as fundações Rockefeller e Bill e Melinda Gates.

Compromissos para combater a fome e a pobreza

O projeto já conta com compromissos de cerca de 70 países e organizações internacionais para implementar aproximadamente 40 iniciativas específicas, beneficiando:

  • 500 milhões de pessoas com transferências de renda;
  • 150 milhões de crianças com programas de alimentação escolar.

Controvérsias e resistências

Inicialmente, a ausência da Argentina foi interpretada como mais um veto de Milei à agenda de desenvolvimento sustentável, que inclui temas como o combate à fome, empoderamento das mulheres e mudanças climáticas.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, algumas questões acordadas em nível ministerial enfrentaram resistência ao serem discutidas em nível presidencial. Entre os temas debatidos estão o imposto sobre os super-ricos e o financiamento climático.

“Agora que chegou o momento de todos os esforços feitos até agora serem incluídos na declaração dos líderes, temos alguns que se opõem às agendas climática e de financiamento, especialmente ao imposto sobre os super-ricos”, afirmou Marina Silva, sem citar nomes.

Reportagens apontam que a posição endurecida de Milei teria dificultado as negociações em diversas ocasiões.

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