Argentina: 14.788 pessoas se recuperaram da covid-19 desde que a doença foi declarada (Carol Smiljan/Getty Images)
AFP
Publicado em 26 de junho de 2020 às 10h08.
Última atualização em 26 de junho de 2020 às 17h19.
Os casos de covid-19 na Argentina superaram nesta quinta-feira (25) a barreira dos 50.000, às vésperas do endurecimento no confinamento no grande epicentro da doença, localizado na cidade de Buenos Aires e arredores, informou o Ministério da Saúde.
O registro total de óbitos alcançou 1.150 desde os primeiros contágios em março, com 34 falecimentos reportados nesta quinta-feira. Outro novo recorde de 2.606 contágios elevou o total a 52.444, enquanto 14.788 pessoas se recuperaram desde que a doença foi declarada.
"Estamos muito perto de resolver o problema. É preciso que sejamos firmes e fazer entender que circular (pela rua e outros locais públicos) é um risco enorme", disse esta semana o presidente Alberto Fernández, ao sugerir que haverá novas medidas que serão anunciadas na sexta e que implicam voltar atrás em certas reaberturas de atividades.
A taxa de contágio é de 88 casos por 100.000 habitantes em um país de 44 milhões de habitantes, segundo números oficiais.
A Argentina completou nesta quinta 98 dias de confinamento social obrigatório na Região Metropolitana de Buenos Aires (AMBA, Buenos Aires e 13 distritos que a cercam), que concentra mais de 95% de novos casos no país.
Na região metropolitana de Buenos Aires, a ocupação dos leitos de terapia intensiva é de 54,1% e em nível nacional, de 48,3%.
Lojas tinham reaberto e saídas recreativas tinham sido liberadas nesta área crítica, mas fontes oficiais asseguram que voltarão atrás em casos pontuais.
Em 18 as 23 províncias não se registra circulação comunitária do coronavírus. Aplicam-se ali planos graduais de abertura para quase todas as atividades, exceto as aulas, os eventos esportivos ou artísticos e qualquer tipo de aglomeração.
O governo fixou a extensão do isolamento até 28 de junho, mas outra é considerada um fato.
A economia está em recessão desde 2018, mas a situação se agravou a tal ponto que o FMI calcula que este ano o PIB vai sofrer contração de 9,9%.