Aedes aegypti: surto epidêmico causou até o momento uma vítima mortal na Argentina, um homem de 94 anos que morreu em Misiones (Marvin Recinos / AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2016 às 16h46.
Buenos Aires - O ministro da Saúde da Argentina, Jorge Lemus, informou nesta quarta-feira que a Argentina sofre o pior surto epidêmico de dengue desde 2009, com "cerca de 15.000 casos" registrados em todo o país.
Em entrevista ao site "Infobae", Lemus detalhou que a maioria dos casos foi detectada no noroeste do país, especialmente na província de Misiones, na fronteira com Brasil e Uruguai, que também sofrem uma epidemia do vírus.
Na capital argentina, os casos de dengue confirmados chegam a 216, enquanto são analisados outros 245 suspeitos, afirmaram hoje à Agência Efe fontes do Ministério da Saúde de Buenos Aires.
Entre os casos confirmados, em 62 deles o contágio aconteceu na cidade enquanto os demais tinha antecedentes de viagem a zonas de risco, segundo os dados.
As autoridades desmentiram a existência de mais de 400 casos em Buenos Aires, como está sendo divulgado em um áudio de Whatsapp que viralizou hoje e gerou alarme entre a população.
No áudio, a voz de uma mulher que se identifica como médica do hospital portenho de Penna assegura que atendem de sete a oito novos casos de dengue por dia e que foi preciso desocupar uma sala da instituição para frear o avanço da epidemia.
O diretor deste centro médico, Gustavo San Martin, garantiu à imprensa local que foram atendidos 136 pacientes com dengue desde o início do ano e atualmente há nove internados, "nenhum em estado grave".
O surto epidêmico causou até o momento uma vítima mortal na Argentina, um homem de 94 anos que morreu na província de Misiones, a mais castigada pela epidemia.