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Argentina pede ao Reino Unido 'mais diplomacia'

O vice-ministro de Relações Exteriores britânico, Jeremy Browne, declarou que 'a soberania das ilhas não é negociável'

A Argentina considera que 'os governos devem evitar a tentação de envolver-se nos discursos que recorram ao falso patriotismo' (Ken Griffiths/Wikimedia Commons)

A Argentina considera que 'os governos devem evitar a tentação de envolver-se nos discursos que recorram ao falso patriotismo' (Ken Griffiths/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 19h38.

Buenos Aires - A Argentina pediu nesta terça-feira ao Reino Unido 'mais diplomacia' e 'menos armas', depois de Londres anunciar que enviará um navio de guerra às ilhas Malvinas, sob dominação britânica e cuja soberania é reivindicada por Buenos Aires.

'A Argentina rejeita a tentativa britânica de militarizar um conflito sobre o qual as Nações Unidas já indicaram que ambas nações devem resolver em negociações bilaterais', disse a chancelaria argentina.

Londres anunciou nesta terça-feira a chegada do príncipe William às Malvinas e o envio do HMS Dauntless às ilhas, o navio de escolta mais moderno da Marinha Real britânica.

O vice-ministro de Relações Exteriores britânico, Jeremy Browne, declarou que 'a soberania das ilhas não é negociável' e afirmou que serão dados 'os passos necessários para garantir a segurança' do arquipélago.

Em comunicado intitulado 'Mais diplomacia, menos armas', Buenos Aires disse que o príncipe William 'chega às ilhas Malvinas como membro das forças armadas de seu país'.

'O povo argentino lamenta que o herdeiro real chegue ao solo pátrio com o uniforme de conquistador e não com a sabedoria de estadista que trabalha a serviço da paz e do diálogo entre as nações', assinala a nota oficial.

A Argentina considera que 'os governos devem evitar a tentação de envolver-se nos discursos que recorram ao falso patriotismo a fim de distrair a atenção pública de políticas econômicas de ajustes em um contexto de crise estrutural e alto desemprego'.

'Os organismos internacionais, assim como os países democráticos, devem trabalhar diariamente para evitar que os conflitos armados substituam às negociações civilizadas para a resolução de conflitos', frisou o governo de Cristina Kirchner.

O comunicado oficial lembra que a Argentina, que em 1982 entrou em guerra com o Reino Unido pelas Malvinas, é um membro 'ativo' das missões de paz da ONU.

'Não há soldados argentinos em nenhum conflito bélico. Pelo contrário, são reconhecidos por seu papel de enviados das Nações Unidas como ferramenta de pacificação', salientou a chancelaria.

Buenos Aires ressaltou que o Reino Unido é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e que 'sua insistência em rejeitar as resoluções do máximo organismo mundial o coloca entre os países que, ao ignorar suas recomendações, debilitam a diplomacia e aumentam o risco de mais guerras'. 

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