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Governo oferece apoio para esclarecer morte de promotor

O corpo de Alberto Nisman foi encontrado horas antes de seu comparecimento no Congresso para denunciar a presidente da Argentina


	Cristina Kirchner: a morte ocorre cinco dias depois que o promotor especial da causa Amia denunciou a presidente argentina pela encoberta dos supostos terroristas iranianos
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Cristina Kirchner: a morte ocorre cinco dias depois que o promotor especial da causa Amia denunciou a presidente argentina pela encoberta dos supostos terroristas iranianos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 09h25.

Buenos Aires - O governo argentino ofereceu nesta segunda-feira apoio para esclarecer a morte do promotor Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado horas antes de seu comparecimento no Congresso para denunciar a presidente do país, Cristina Kirchner, na causa pelo atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia).

"O juiz tem todo o apoio por parte das forças de segurança para garantir o esclarecimento deste fato doloroso", disse hoje o chefe de Gabinete do governo argentino, Jorge Capitanich, em um breve comparecimento perante a imprensa.

Capitanich confirmou que o corpo de Nisman foi achado nesta madrugada no banheiro de seu domicílio junto "a uma arma de fogo de calibre 22", sem antecipar uma hipótese sobre a causa de sua morte.

Sua morte ocorre cinco dias depois que o promotor especial da causa Amia denunciou a presidente argentina e o chanceler, Héctor Timerman, pela encoberta dos supostos terroristas iranianos que perpetraram o atentado contra a Amia, que terminou com a morte de 85 em 1994.

"Me dói terrivelmente que tenha ocorrido isto", disse hoje o secretário- geral da presidência, Aníbal Fernández, que pediu que a morte do promotor não detenha a investigação.

"Agora o importante é que sigam adiante as investigações. É preciso analisar o que há revelado nos expedientes", acrescentou Fernández ao canal "Todo Noticias".

O secretário confirmou que a presidente "está informada de tudo", embora não deu detalhes sobre sua reação.

"Ele teve de nós todas as soluções (para seguir com seu trabalho). Eu trabalhei muitíssimo para tentar chegar às conclusões deste caso que concerne a todos os argentinos", assinalou.

Aníbal Fernández ressaltou que um novo promotor "vai ter todos os elementos nas mãos para continuar com a investigação".

O atentado contra a Amia deixou 85 mortos e 300 feridos em 18 de julho de 1994, dois anos depois que uma bomba explodiu diante da embaixada de Israel em Buenos Aires e deixou 29 vítimas mortais.

A investigação e a comunidade judaica atribuem ao Irã e ao Hezbollah o planejamento e execução de ambos atentados. 

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