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Argentina nega 'ressentimento' de Milei por comentários sobre o presidente na Cúpula do Mercosul

Luis Lacalle Pou criticou a ausência de vários líderes dos países-membros

Javier Milei, presidente da Argentina (RALF HIRSCHBERGE/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de julho de 2024 às 14h40.

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O governo da Argentina negou nesta quarta-feira, no preâmbulo da reunião bilateral que Javier Milei terá com o mandatário uruguaio, Luis Lacalle Pou, que o presidente tenha qualquer "ressentimento" pelas declarações dos demais líderes por sua ausência na recente Cúpula do Mercosul.

"Não foi uma crítica, foi uma descrição válida e acreditamos que deveria ter sido. Devido a questões de agenda, não foi possível (a presença de Milei na Cúpula de Assunção). É a opinião do presidente uruguaio e nós a respeitamos, mas não houve ressentimento", indicou nesta quarta-feira o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, durante sua habitual entrevista coletiva na Casa Rosada, sede do governo argentino.

Na reunião do bloco que Argentina e Uruguai compartilham com Brasil, Paraguai e Bolívia, realizado no início de julho em Assunção, Lacalle Pou disse: "Todos os presidentes deveriam estar aqui".

Apesar das explicações oficiais sobre a agenda de Milei para justificar sua ausência no Paraguai, a razão subjacente para sua ausência é a relação ruim entre o político libertário e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem ele ainda não se encontrou pessoalmente.

A reunião desta quarta-feira será o primeiro encontro bilateral entre Milei e Lacalle Pou desde que o libertário assumiu o cargo na Argentina em 10 de dezembro de 2023.

Até o momento, o presidente argentino não viajou para o Uruguai, enquanto Lacalle Pou viajou para Buenos Aires para participar de eventos nos quais ambos coincidiram.

Em abril, no "Jantar da Liberdade", um evento organizado pela Fundación Libertad em Buenos Aires, Lacalle Pou defendeu perante Milei o DNA de seu país, que inclui "um Estado forte", que não precisa "ter muito tamanho", mas precisa de "instituições fortes".

O político ultraliberal receberá o líder do Partido Nacional, que em 1º de março de 2025 entregará a faixa presidencial ao vencedor das eleições de outubro próximo - já que o Uruguai não permite a reeleição imediata - na Casa Rosada às 16h (horário de Brasília).

No final do dia, Milei se reunirá com o presidente paraguaio, Santiago Peña, em um hotel em Buenos Aires, onde os três líderes participarão de um evento sobre segurança e terrorismo.

Os três se reunirão para a sessão de encerramento de um dia organizado pelo Congresso Judaico Latino-Americano e Mundial para lembrar o 30º aniversário do ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 18 de julho de 1994, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos, o pior ataque já cometido em solo argentino.

De acordo com o porta-voz, as reuniões presidenciais terão uma "agenda aberta", "isolada", e foram solicitadas pelos líderes estrangeiros.

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