Soldados argentinos compram cartões postais nas Malvinas em 13 de abril de 1982, 10 dias após invasão das ilhas (Daniel Garcia/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 10h50.
Buenos Aires - O governo argentino não descartou que o navio "Santíssima Trindade", que participou na Guerra das Ilhas Malvinas (1982), teria afundado na terça-feira em um porto no sul do país em razão de um atentado.
"O que houve é negligência em sua custódia, no melhor dos casos, ou então um atentado", afirmou o ministro da Defesa, Arturo Puricelli, em declarações à agência estatal Télam.
O ministro disse que chama a atenção o fato de que a embarcação, fora de serviço desde 2004, tenha afundado enquanto estava atracada na base da Marinha de Porto Belgrano, 600 km ao sul de Buenos Aires.
"Em poucas horas o navio afundou (...) a avaria deve ter sido muito grande, ou talvez alguém tenha aberto uma válvula para conseguir afundá-la", acrescentou o funcionário.
A Marinha havia informado previamente, em um comunicado, que a embarcação sofreu uma avaria em razão da ruptura de uma tubulação de seis polegadas provocando a entrada de água que "superou a capacidade das bombas de lastro".
Puricelli reclamou aos chefes da Marinha que determinem "as circunstâncias que levaram ao afundamento do navio".
Acrescentou ter dúvidas quanto aos motivos do afundamento do navio porque, em termos de geração, não se trata de uma embarcação tão antiga.
O "Santíssima Trindade", de 125,6 metros de comprimento e 14,3 metros de largura e que estava equipado com mísseis de superfície-ar, é considerado o navio-insígnia do desembarque das tropas argentinas nas Ilhas Malvinas, que deu lugar à guerra com o Reino Unido em 1982.