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Argentina enfrenta escassez de repelente em meio à epidemia de dengue

Crescimento de 300% na demanda do inseticida foi reportado pela empresa líder do mercado

América do Sul e Central passam por uma das piores epidemias de dengue de sua história (Getty Images)

América do Sul e Central passam por uma das piores epidemias de dengue de sua história (Getty Images)

Publicado em 10 de abril de 2024 às 06h47.

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A Argentina está sofrendo com a falta de repelente em meio à pior epidemia de dengue pela qual o país já passou. Até o momento, são 233 mil casos da doença e 161 mortes desde o começo do verão.

Para o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa, os números são motivo para preocupação. De acordo com ele, os índices representam três vezes mais casos do que aqueles registrados no mesmo período de 2023.

Países por toda a América do Sul e América Central têm apresentado aumentos significativos na incidência da dengue.

Para tentar reverter a falta de inseticida, o presidente argentino, Javier Milei, afrouxou as restrições ligadas à importação de repelente por 30 dias, o que inclui a facilitação da inspeção do produto pelas autoridades locais e a isenção de impostos. Em entrevista à televisão, o ministro da saúde, Mario Russo, afirmou que os benefícios da medida devem ser observados dentro de duas semanas.

A empresa SC Johnson, cujo repelente domina 80% do mercado local, reportou um crescimento de 300% na demanda comparado com o mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, trata-se de um evento sem precedentes, que levou a planos de importação de mais de 120 mil latas de inseticida da Polônia. Na terça-feira, foram adquiridas 20 mil latas do México.

Recentemente, a Câmara Argentina da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria apontou para uma dificuldade em se produzir repelente na Argentina devido à escassez de sua principal matéria-prima, o componente DEET, importado de países asiáticos.

Assim, forma-se uma tempestade perfeita para a proliferação do mosquito da dengue, aliando condições climáticas adequadas e falta de inseticida no país sul-americano. O governo da Argentina espera que as medidas adotadas sejam suficientes para reverter a situação conforme o continente atravessa uma das piores crises de dengue de sua história.

Com informações da Bloomberg.

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