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Argentina elege presidente e renova Parlamento com Cristina como favorita

Pesquisas apontam vitória de Cristina no primeiro turno com 55% dos votos e mais de 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado

Cristina Kirchner: presidente da Argentina parte como clara favorita às eleições gerais deste domingo (Juan Mabromata/AFP)

Cristina Kirchner: presidente da Argentina parte como clara favorita às eleições gerais deste domingo (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2011 às 12h12.

Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, parte como clara favorita às eleições gerais deste domingo, nas quais a principal incógnita é saber se a oposição vai conseguir evitar que o Governo retome o controle absoluto do Parlamento.

As pesquisas de intenções de voto apontam para vitória de Cristina no primeiro turno, líder do peronista Frente para a Vitória, com 55% dos votos e mais de 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Pela legislação argentina, para evitar o segundo turno, o candidato vencedor deverá reunir 45% dos votos ou 40% com dez pontos de diferença.

Estes números seriam similares aos obtidos nas primárias de agosto, nas quais a presidente obteve o primeiro posto com avassaladores 50,24% dos votos, 38 pontos de vantagem sobre seu principal concorrente.

A prévia, resultado de uma reforma aprovada em 2009, permitiu definir os sete candidatos que neste domingo lutarão pela cadeira presidencial, mas praticamente acabou com as esperanças dos candidatos opositores pelo desempenho tão positivo da governista.

Desde então, a oposição centrou seus esforços em lembrar ao eleitorado a importância de um Parlamento plural, como fez a centrista Elisa Carrió, sexta nas primárias, quem após assumir toda a responsabilidade pela derrota de sua candidatura, anunciou que durante a campanha eleitoral brigaria em favor dos candidatos a deputados e senadores.

Quem parece ter aproveitado melhor a experiência das primárias foi o socialista Hermes Binner, governador da província de Santa Fé, quarto em agosto e quem as pesquisas situam na segunda posição, o transformando no principal opositor.

Tudo ao contrário ocorreu com o radical Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989), que foi segundo nas primárias, mas perdeu terreno e agora aparece em terceiro, de acordo com as últimas pesquisas.

Mais relegados aparecem o ex-governante Eduardo Duhalde (2002-2003) e o governador de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, dois peronistas dissidentes do kirchnerismo, como ficou conhecido o modelo implantado pelo ex-presidente Néstor Kirchner em 2003 e que continuou com Cristina, sua esposa e sucessora. Kirchner morreu no ano passado.

Nas duas últimas posições estão 'Lilita' Carrió, da Coalizão Cidadã, e o trotskista Jorge Altamira, para quem qualquer resultado seria uma vitória após o milagre de terem conseguido em agosto os 500 mil votos necessários para concorrer às presidenciais.

Neste domingo também ocorre eleições locais em nove províncias, entre elas a de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, além da renovação de 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e de um terço dos 72 assentos do Senado.

Os analistas dão por certa a vitória da base aliada de Cristina e de seus apoiadores na eleição de governadores das províncias de Buenos Aires, Entre Ríos, La Pampa, Santa Cruz, Jujuy, San Juan e Formosa, assim como a vitória governista em San Luis, nas mãos de Rodríguez Saá.

Ao todo, 28,6 milhões de argentinos - 50 mil deles residentes no exterior - estão aptos a votar em 86.061 mesas mistas, distribuídas nos 12.728 centros de votação instalados no país e no estrangeiro.

O Diretor Nacional Eleitoral, Alejandro Tulio, explicou à Efe que neste pleito trabalharão 180 mil presidentes de mesas, 250 mil fiscais partidários, 20 mil delegados eleitorais e 100 mil funcionários do serviço estatal de correios.

Serão mobilizados ainda 115 mil agentes das forças armadas e de segurança nos 24 distritos eleitorais do país. EFE

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