Líderes se encontram antes de reunião do Mercosul: Dilma destacou que "o Mercosul se estende agora da Patagônia até o Caribe" (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2012 às 19h47.
Brasília – Após a oficialização da entrada da Venezuela no Mercosul, os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez, assinaram hoje (31) um acordo de cooperação entre as empresas petrolíferas de seus países para expandir a atuação da argentina YPF e da venezuelana PDVSA na exploração e refinaria de petróleo nos dois países.
De acordo com o documento assinado pelos dois presidentes, o convênio deve permitir “associações entre as empresas estatais das duas nações, para a otimização dos projetos que já estão em andamento nos dois países, e o desenvolvimento de novos projetos, através da elaboração de um plano estratégico de cooperação energética”.
O convênio prevê a atuação da YPF na exploração de petróleo na Faixa de Orinoco (no leste venezuelano) e a entrada da PDVSA em campos de exploração em território argentino. As duas empresas poderão pleitear financiamento conjunto para execução dos projetos. Também ficou acertado que a PDVSA deverá participar de projetos de expansão e transferência de tecnologia para a equivalente argentina.
“É uma aliança estratégica entre as indústrias petroleiras argentina e venezuelana. Vamos trabalhar duro para recuperar espaço e tempo para que YPF comece a atuar na Faixa de Orinoco e para que nós [PDVSA] continuemos nossa atuação na Argentina, em campos off shore e logo na refinação”, avaliou Chávez. A YPF, que era controlada pelo grupo espanhol Repsol, foi nacionalizada por Cristina Kirchner em abril.
Os dois países deverão formar um comitê com três representantes de cada lado, que se reunirá daqui a 30 dias.
A Venezuela é dona de uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Ontem (30), após jantar com a presidenta Dilma Rousseff, Chávez disse que propôs a exportação de óleo venezuelano para o Brasil.