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Argentina denuncia espionagem a e-mails de políticos

Chanceler argentino denunciou a espionagem sobre as contas de mais de uma centena de figuras políticas e antecipou que recorrerá à Justiça


	Homem ao teclado: revelação do governo argentino aconteceu horas depois que os países do Mercosul condenaram a espionagem dos Estados Unidos na região
 (Simon Stratford)

Homem ao teclado: revelação do governo argentino aconteceu horas depois que os países do Mercosul condenaram a espionagem dos Estados Unidos na região (Simon Stratford)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 23h13.

Buenos Aire - O chanceler argentino, Héctor Timerman, denunciou nesta sexta-feira a espionagem sobre as contas de e-mail de mais de uma centena de figuras políticas e antecipou que recorrerá à Justiça.

Finalizada a cúpula do Mercosul em Montevidéu, Timerman declarou à imprensa que recebeu "um envelope fechado com uma lista de mais de cem pessoas que incluía seus endereços de e-mail e suas senhas", informou a agência oficial argentina "Télam".

"Recebi a lista de um funcionário de um país presente na cúpula e que a recebeu de um terceiro país", disse o chanceler argentino.

Entre os nomes das personalidades espionadas está o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, o vice-presidente argentino, Amado Boudou, o ministro da Justiça e Direitos Humanos, Julio Alak, a deputada opositora Victoria Donda e o ex-chanceler Jorge Taiana, entre outros.

Timerman informou hoje que decidiu divulgar a lista com os nomes a pedido da presidente Cristina Kirchner.

De acordo com uma nota divulgada pela "Télam", o chanceler disse hoje sobre a documentação recebida que "evidentemente isto pode ser de uma rede de espionagem".

A revelação do governo argentino aconteceu horas depois que os países do Mercosul condenaram a espionagem dos Estados Unidos na região em uma declaração conjunta dos presidentes de Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela.

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