Morte do Papa Francisco: o Papa foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, após sofrer por vários dias com um quadro de bronquite (Álvaro Villalobos/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 21 de abril de 2025 às 09h51.
O presidente argentino Javier Milei declarará sete dias de luto pela morte do papa Francisco nesta segunda-feira(21), anunciou o porta-voz da Presidência.
"O papa Francisco, Jorge Bergoglio, faleceu. Líder espiritual e guia de milhões de homens e mulheres", escreveu o porta-voz Manuel Adornoi na rede X.
O presidente "decretará sete dias de luto pela morte do santo padre", acrescentou.
Em fevereiro, o Papa foi internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, após sofrer por vários dias com um quadro de bronquite.
A condição clínica do pontífice piorou gradualmente, e seus médicos diagnosticaram uma pneumonia bilateral. Ele passou 38 dias no hospital até que à sua residência no Vaticano, a Casa Santa Marta, para continuar sua recuperação.
Nesta madrugada, sua saúde não resistiu e ele faleceu.
Em breve, o Colégio de Cardeais começará o conclave, uma reunião reservada no Vaticano para definir o sucessor de Francisco.
O Papa Francisco faleceu na madrugada de 21 de abril de 2025, às 7h35 (2h35 da manhã no horário do Brasil). Francisco faleceu em sua residência, a Casa Santa Marta, segundo o Vaticano.
Francisco, nascido na Argentina, foi nomeado bispo auxiliar em 20 de maio de 1992 pelo para João Paulo II.
Em 2001, foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público. Seu cardinalato foi marcado pelo histórico pedido para que centenas de argentinos não viajassem à Roma em celebração, e sim, doassem o dinheiro da viagem aos pobres.
Eleito Papa em 2013, o primeiro latino-americano da história, Jorge Mario Bergoglio adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo da simplicidade e defesa dos pobres.
Desde o início do pontificado, implementou reformas na Igreja Católica e assumiu uma postura mais progressista em questões sociais e ambientais.
Seu papado foi marcado pelo combate à corrupção no Vaticano, pela defesa dos marginalizados, por críticas contundentes ao capitalismo e pela defesa absoluta e inquestionável do meio ambiente.
Durante a trajetória como líder da Igreja Católica, também combateu crimes sexuais cometidos por membros do clero, endurecendo punições e eliminando o "sigilo pontifício", que dificultava investigações.
Francisco realizou em conjunto a diversificação da hierarquia da Igreja e ampliou a presença de representantes de diferentes regiões do mundo no Colégio de Cardeais e outros órgãos do Vaticano.
Reforçou, ainda, medidas contra corrupção financeira na Santa Sé, ação que aumentou a transparência nas contas do Vaticano.
*AFP com redação