Nisman investigava o atentado contra a associação mutual judaica de Buenos Aires em 1994, que deixou 85 mortos (Marcos Brindicci/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de junho de 2018 às 15h04.
Buenos Aires - A Câmara Federal da Argentina confirmou nesta sexta-feira que a morte do promotor Alberto Nisman, em janeiro de 2015, quatro dias depois de acusar a então presidente, Cristina Kirchner, de acobertar supostos terroristas, se tratou de um homicídio e não um suicídio, informaram fontes jurídicas.
"Procede encomendar aos magistrados a cargo da investigação o sustentado avanço do curso instrutório visando à completa e cabal determinação dos responsáveis pelo homicídio de Natalio Alberto Nisman, com a rapidez e seriedade que tão grave fato impõe", afirmou o alto tribunal em uma resolução.
Para tentar determinar se foi um suicídio ou um homicídio, já no ano passado a promotoria encarregou uma junta de peritos de realizar uma reconstituição do momento da morte do promotor, na qual se estabeleceu que duas pessoas espancaram, drogaram com cetamina e assassinaram Nisman em sua casa.
O promotor era o responsável por investigar o atentado contra a associação mutual judaica AMIA de Buenos Aires em 1994, que deixou 85 mortos.