Membros da equipe argentina de Antropologia Forense trabalham em fossa de antigo centro de detenção clandestino durante a ditadura militar, em 14 de dezembro de 2011 em Tucumán (AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 06h35.
Buenos Aires - Quatro integrantes do Exército foram condenados nesta terça-feira à prisão perpétua em um julgamento por crimes cometidos durante a última ditadura argentina (1976/83), informou o ministério da Justiça.
"O Tribunal Oral Federal de Bahía Blanca (680 km ao sul de Buenos Aires) condenou à prisão perpétua quatro integrantes do Exército", revelou a agência Infojus, ligada ao ministério da Justiça.
Outros três militares receberam penas de onze anos, quatro anos e três meses, e três anos e cinco meses de prisão.
O grupo era acusado de homicídio, privação ilegal de liberdade e tortura envolvendo mais de 100 vítimas da ditadura. Também respondia pelo sequestro de bebês nascidos no cativeiro no centro de detenção clandestino conhecido como "La Escuelita".
O tribunal determinou que as penas sejam cumpridas em prisões comuns e pediu a baixa dos militares condenados.
Desde 2007 e até junho passado, um total de 427 réus - a maioria militares - foram condenados por violações dos direitos humanos durante o regime militar, segundo a Procuradoria de Crimes Contra a Humanidade.
Ao menos 30 mil pessoas desapareceram durante o regime militar e cerca de 500 bebês nascidos em cativeiro foram roubados, segundo os organismos de defesa dos direitos humanos.