Argentina: país já tem dois imunizantes contra a covid-19 aprovados (Sergey Pivovarov/Reuters)
André Martins
Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 17h42.
A Argentina autorizou nesta quarta-feira, em caráter emergencial, a vacina de origem russa Sputnik V contra o coronavírus, informou o governo argentino poucas horas antes da chegada ao país das primeiras doses do imunizante.
"Autoriza-se com caráter de emergência a vacina Gam-Covid-Vac, denominada Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia da Rússia", afirmou o Ministério da Saúde da Argentina em resolução.
O imunizante é o segundo aprovado pelo governo argentino. Também nesta quarta, a vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNtech foi a primeira a ser ser licenciada no país sul-americano. Apesar da aprovação, o país ainda está negociando a compra das doses da vacina com a Pfizer.
No mês passado, o Congresso aprovou uma lei que concedeu ao Poder Executivo poderes para firmar contratos e cobrir a indústria farmacêutica para garantir o cumprimento dos acordos e pagamentos.
Na terça-feira, um voo da Aerolíneas Argentinas partiu para Moscou em busca de 300 mil doses da Sputnik V que vão permitir o início da campanha de vacinação no país. A previsão é que as doses cheguem ao país na véspera do Natal. O acordo global prevê o fornecimento de 25 milhões de doses.
Em uma divulgação no começo de dezembro, o centro de pesquisas russo afirmou que os testes finais apontaram que a Sputnik V tem eficácia de 91,4%.
O país já firmou acordos para receber 22 milhões de doses da vacina que Oxford está desenvolvendo com a AstraZeneca e com o programa de vacina Covax. A vacina russa de duas doses custará menos de 20 dólares por pessoa.
Com 44 milhões de habitantes, a Argentina registra 42.234 mortes e mais de 1,5 milhão de casos de covid-19.