Acidente de trem na Argentina: o acidente ocorreu em plena hora do rush matinal do último dia 22 de fevereiro. (Daniel Vides/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 14h46.
Buenos Aires - O Governo argentino anunciou nesta segunda-feira uma "revolução" na rede ferroviária para os próximos meses após a inundação de críticas provocada pelos atrasos e avarias que afetaram centenas de passageiros nos últimos dias, em plena temporada de férias.
O ministro do Interior, Florencio Randazzo, admitiu em declarações à imprensa local que a rede "está muito longe do serviço que o Estado deveria oferecer".
O Governo prepara uma "verdadeira revolução" no sistema de transporte ferroviário que começará a tornar-se evidente em 60 dias, acrescentou Randazzo, que assumiu a pasta de Transportes após a polêmica provocada por um acidente que causou 51 mortes em fevereiro do ano passado.
As declarações do ministro tentam responder às críticas geradas pelos atrasos e avarias dos trens que cobrem a linha Buenos Aires-Mar del Plata e que afetaram centenas de passageiros.
Na semana passada um comboio chegou a demorar 12 horas para percorrer os 400 quilômetros que separam a capital argentina de Mar del Plata, um dos principais destinos turísticos do país.
Danos nas locomotivas, sujeira e superlotação são alguns dos problemas mais frequentes denunciados pelos passageiros.
Os graves problemas da rede de transporte ferroviário ganharam repercussão após o acidente de fevereiro, pelo qual estão sendo processados os ex-ministros de Transporte, Ricardo Jaime e Juan Pablo Schiavi, assim como os irmãos Claudio e Mario Cirigliano, proprietários da TBA, empresa que administrava a linha acidentada.
O acidente ocorreu em plena hora do rush matinal do último dia 22 de fevereiro, quando um trem procedente da cidade de Moreno, na província de Buenos Aires, se chocou contra uma plataforma de uma estação da capital e deixou um saldo de 51 mortos e mais de 700 feridos.