Mundo

Argentina anuncia aumentos nas contas de luz de até 600%

O ministro de Energia e Mineração da Argentina falou que novas tarifas de eletricidade contemplam aumentos de até 600%


	Eletricidade: titular da pasta de Energia informou que ficarão isentos do aumento tarifário aqueles lares com rendas inferiores a dois salários mínimos
 (REUTERS/Paulo Santos)

Eletricidade: titular da pasta de Energia informou que ficarão isentos do aumento tarifário aqueles lares com rendas inferiores a dois salários mínimos (REUTERS/Paulo Santos)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 21h52.

Buenos Aires - O ministro de Energia e Mineração da Argentina, Juan José Aranguren, falou nesta sexta-feira sobre as novas tarifas de eletricidade que regerão a partir da próxima segunda-feira e que contemplam aumentos de até 600%, exceto para aquelas famílias com menores recursos, que pagarão uma tarifa social.

"Se por um consumo de 180 kwh por mês você pagava 25 pesos (R$ 6,80), agora pagará 150 (R$ 43)", exemplificou Aranguren em entrevista coletiva.

O titular da pasta de Energia informou que ficarão isentos do aumento tarifário aqueles lares com rendas inferiores a dois salários mínimos, ou seja 12.120 pesos brutos (R$ 3.481).

Além disso, o governo premiará àqueles usuários que economizem energia: se diminuir o consumo em 10% por ano, o usuário pagará 128 pesos (R$ 38,90, R$ 8 a menos que na tarifa plena), e se a economia for de 20%, pagará 106 pesos (R$ 30,5 dólares, quase R$ 16 a menos que na tarifa plena).

O aumento representa a cessação da transferência de recursos do Estado para subsidiar os consumidores, que beneficiou especialmente os clientes das empresas Edenor e Edesur, que fornecem eletricidade aos moradores de Buenos Aires e seu cinturão metropolitano, a área mais populosa do país.

"Nos últimos anos se manteve um sistema tarifário injusto, no qual se castigou os que menos têm e se afetou várias províncias em um sistema pouco federal", denunciou o ministro, que indicou que o desequilíbrio tarifário afetou o investimento das elétricas.

Com a quitação de subsídios, o governo liderado por Mauricio Macri espera economizar cerca de US$ 4 bilhões anuais.

Segundo Aranguren, o Estado gastou cerca de US$ 10 bilhões em subsídios energéticos apenas em 2015. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaEletricidade

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições