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Prédios oficiais na capital de Burkina Faso estão sob ataque

Grupo de homens armados provocou incêndios e confrontos com as forças de segurança na região do escritório do primeiro-ministro do país

Ataques em Ouagadogou: prédios oficiais no centro da capital de Burkina Faso estão sob ataque (Anne Mimault/Reuters)

Ataques em Ouagadogou: prédios oficiais no centro da capital de Burkina Faso estão sob ataque (Anne Mimault/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de março de 2018 às 10h09.

Última atualização em 2 de março de 2018 às 10h33.

Um grupo de homens armados não identificados atacou nesta sexta-feira a área diplomática da capital de Burkina Faso, Ouagadogou, provocando vários incêndios e confrontos com as forças de segurança perto da embaixada da França, do escritório do primeiro-ministro e o quartel-general do exército, informaram agências de notícias.

A televisão nacional burquinense (RTB), cujo escritório se encontra ao lado da embaixada francesa, afirma que cinco pessoas armadas desceram de uma caminhonete aos gritos de "Allahu Akbar" ("Alá é grande") antes de começar a disparar e atear fogo ao veículo.

A emissora fala, ainda, em "intenso incêndio na Embaixada da França" e que os agressores "começaram a disparar contra os guardas", enquanto o portal de notícias "Burkina24" fala de um "ataque armado em andamento (...) perto do escritório do primeiro-ministro".

A polícia pediu aos cidadãos que evitem, na medida do possível, as áreas do ataque, enquanto as forças especiais "estão em ação", um apelo ao qual se somou o embaixador francês no país, Xavier Lapdecab.

Em comunicado, as forças de segurança confirmaram que o ataque foi perpetrado nas proximidades do escritório do primeiro-ministro e do edifício das Nações Unidas, região próxima também às embaixadas da Bélgica e da Dinamarca, assim como aos ministérios de Relações Exteriores e Economia.

Outras informações apontam que o quartel-general do exército e o Instituto Francês também são "alvo de ataques simultâneos", e que uma "fumaça intensa" emana das citadas instalações militares, nas quais, segundo testemunhas, ocorreram fortes explosões. Os disparos agora acontecem de forma intermitente e há helicópteros sobrevoando a área.

"Ataque em curso à embaixada da França e ao Instituto Francês. Fiquem confinados onde estão", escreveu a delegação francesa em sua página no Facebook. O diretor-geral da polícia, Jean Bosco Kienou, afirmou à Agência Efe que a situação "tem a aparência de um ataque terrorista".

A embaixada dos Estados Unidos no país também se manifestou nas redes sociais. De acordo com os americanos, ataques estão em curso no centro da capital e pediu que as pessoas procurassem locais seguros.

Ataques terroristas

Burkina Faso foi vítima de vários ataques de grupos jihadistas nos últimos dois anos. Segundo a apuração mais recente do governo, mais de 70 pessoas morreram no país em atentados terroristas desde 2015. Um dos mais violentos aconteceu no ano passado, quando homens armados invadiram um restaurante, matando ao menos 15 pessoas de diferentes nacionalidades.

Colônia francesa até a década de 60, Burkina Faso hoje é alvo de uma missão militar conjunta, liderada pela França, e que tem como objetivo de combater atividades terroristas na região do Sahel, uma extensa área que abrange vários países logo abaixo do deserto do Saara e acima da savana do Sudão. Nesta semana, a União Europeia anunciou que iria dobrar os investimentos para a força africana conhecida como G5 (Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger) que atua contra os terroristas.

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