Apoiador do presidente sírio Bashar al-Assad: Arábia Saudita apoiará o povo sírio até que consiga seus objetivos, afirma comunicado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 11h56.
Riad - A Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que o Irã deve comparecer à conferência de paz sobre a Síria, conhecida como Genebra 2, que começará nesta semana, "ao não aceitar publicamente o estabelecimento de um Governo de transição na Síria".
Em comunicado divulgado pela agência saudita de notícias "SPA", o Governo saudita acrescentou que o Irã não teria que participar da reunião "por ter forças militares lutando junto ao regime de (o presidente sírio) Bashar al-Assad".
A nota acrescenta que "a Arábia Saudita convida à paz e ao cumprimento das reivindicações que realizou o povo sírio na (a conferência de paz) Genebra 1", realizada em junho de 2012.
Estas disposições se basearam, sobretudo, no estabelecimento de um Governo transitório.
"A Arábia Saudita apoiará o povo sírio até que consiga seus objetivos de liberdade, independência e união nacional", acrescenta o comunicado.
A declaração do Governo saudita foi divulgada dois dias antes que da inauguração da conferência de paz na cidade suíça de Montreux.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou hoje que tinha convidado o Irã, um dos principais aliados do regime de Bashar al Assad.
Este convite estava pendente já que Estados Unidos e Rússia, os países que promovem o processo de Genebra, deveriam chegar a um acordo sobre a participação de Teerã no encontro, no qual pela primeira vez sentarão na mesma mesa de negociações representantes do regime e da oposição.
Por outro lado, o Irã confirmou hoje sua participação "sem pré-condições" em Genebra 2.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Marzie Afjam, em declarações publicadas na página oficial do Ministério, anunciou que, "de acordo com o convite oficial que recebemos, o Irã decidiu participar desta conferência".
Afjam disse que seu país "apoia qualquer alternativa política para solucionar a crise da Síria".