Tropas iemenitas leais ao presidente: a crise no Iêmen corre o risco de se transformar em uma grande guerra (Saleh al-Obeidi/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2015 às 08h22.
Sanaa/Áden - Aviões de guerra da Arábia Saudita e de aliados árabes atacaram nesta quinta-feira rebeldes muçulmanos xiitas que lutam para derrubar o presidente do Iêmen, numa aposta do maior exportador de petróleo do mundo para verificar a influência iraniana no país sem ter o apoio militar direto dos Estados Unidos.
O Irã, rival da Arábia Saudita, denunciou o ataque à milícia Houthi, que o governo iraniano apoia, e deixou claro que a criação de uma coalizão sunita contra os inimigos xiitas vai complicar os esforços para acabar com um conflito que pode inflamar animosidades sectárias que alimentam as guerras em todo o Oriente Médio.
Aviões de guerra bombardearam o aeroporto principal e a base aérea próxima de al-Dulaimi na capital Sanaa, disseram moradores, em uma aparente tentativa de enfraquecer o poder aéreo dos houthis e sua capacidade de disparar mísseis.
Uma testemunha da Reuters na capital disse que quatro ou cinco casas próximas ao aeroporto de Sanaa tinham sido danificadas. Equipes de resgate colocaram o número de mortos nos ataques aéreos em 13, incluindo um médico que tinha sido retirados dos escombros de uma clínica danificada.
A crise no Iêmen corre o risco de se transformar em uma grande guerra, com o Irã apoiando os houthis e monarquias muçulmanas sunitas do Golfo Pérsico apoiando o presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi e seus apoiadores sunitas do sul do Iêmen.