Líbano: quando renunciou, Hariri denunciou a preparação de um atentado contra ele (Sharif Karim/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de novembro de 2017 às 17h56.
Riad - A Arábia Saudita pediu nesta quinta-feira a seus cidadãos que estão visitando o Líbano ou que lá vivem para que deixem o país o mais rápido possível, segundo a agência de notícias estatal "SPA", e aconselhou aos que pretendem viajar para lá para que não o façam, após as acusações feitas contra Riad por seu suposto papel na crise política libanesa.
O Kuwait também fez os mesmos pedidos a seus cidadãos, de acordo com a agência de notícias estatal "Kuna", como uma medida preventiva.
A tensão aumentou nos últimos dias entre Riad e Beirute depois que Saad Hariri renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Líbano no sábado, quando estava na Arábia Saudita, que é acusada por alguns grupos políticos no país vizinho de forçar esta saída do poder.
Hariri, que permanece em Riad desde a renúncia, se reuniu hoje com o embaixador da França, Francois Gouvette, e com o chefe da delegação da União Europeia, Michele Cervone d'Urso, segundo um comunicado, que dissipou assim os rumores sobre seu possível prisão domiciliar.
Quando renunciou, Hariri denunciou a preparação de um atentado contra ele e criticou a ingerência do Irã nos assuntos do Líbano, assim como ao grupo xiita libanês Hezbollah, ambos inimigos da Arábia Saudita.
Hariri assumiu o governo em outubro de 2016, graças a um pacto entre sua aliança política, a 14 de março, e a de 8 de março, dirigida pelo Hezbollah.
A renúncia ainda não foi aceita pelo presidente do Líbano, Michel Aoun, que espera o retorno de Hariri ao país para conhecer os motivos.