Mundo

Árabes estudam saída segura da Líbia para Kadafi

Dirigentes temem exclusão aérea do país, que pode afetar também o Egito

Muammar Kadafi, governante líbio: conflitos adiaram cúpula dos países árabes (AFP)

Muammar Kadafi, governante líbio: conflitos adiaram cúpula dos países árabes (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 15h30.

Cairo - Os ministros das Relações Exteriores árabes discutem nesta quarta-feira no Cairo a possibilidade de enviar uma delegação egípcio-argelina a Trípoli para abrir um diálogo com o líder líbio, Muammar Kadafi, e achar "uma saída segura" para ele e sua família.

Fontes da diplomacia árabe disseram à Agência Efe que os ministros, que estão reunidos, ainda não tomaram uma decisão sobre a proposta de encontrar "uma saída segura" para Kadafi, que garanta a integridade do povo líbio e do dirigente e sua família.

As fontes não especificaram se essa iniciativa significaria a saída de Kadafi do poder ou do país.

No entanto existem temores entre os ministros de que a proposta conceda a Kadafi uma legitimidade árabe que se contrapõe à resolução do Conselho da Liga Árabe do dia 22, que proíbe a Líbia de participar das suas reuniões.

Além disso, as fontes destacaram que os árabes temem que seja aprovada uma resolução internacional para a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, visto que poderia prejudicar o Egito, que tem inúmeros cidadãos vivendo no país vizinho e não poderiam ser retirados nessas circunstâncias.

Anteriormente, um diplomata que pediu anonimato revelou à Efe que os titulares de Exteriores haviam decidido adiar para 15 de maio a cúpula de chefes de Estado árabes que seria realizada em 29 de março em Bagdá, devido aos "fatos atuais no mundo árabe".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaLíbiaPolítica

Mais de Mundo

Dingdong Maicai lança rua virtual de produtos festivos para o Ano Novo

Sheinbaum vai falar com Lula e diz que há “unidade” na América Latina contra Trump

‘Frear a migração’ será a prioridade de chefe da diplomacia dos EUA na relação com a América Latina

Advogados do presidente afastado sul-coreano denunciam pressão para depoimento