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Ar irrespirável irrita os chineses

A poluição atmosférica preocupa cada vez mais os chineses


	Casal usando máscaras anda pela poluída Pequim: no fim de semana, a poluição afetou os transportes e provocou uma venda massiva de máscaras (Ed Jones/AFP)

Casal usando máscaras anda pela poluída Pequim: no fim de semana, a poluição afetou os transportes e provocou uma venda massiva de máscaras (Ed Jones/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 08h31.

Pequim - A forte poluição atmosférica em Pequim e em dezenas de grandes cidades da China provocava nesta segunda-feira uma irritação que se expressava abertamente na internet e em diversos meios de comunicação.

"Edificar uma bonita China começa por respirar de maneira saudável", afirmava o jornal Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista chinês.

A poluição atmosférica preocupa cada vez mais os chineses e o jornal China Daily classificava nesta segunda-feira de saudável o crescente debate sobre esta questão.

"Em pleno processo de urbanização rápida, é urgente que a China reflita sobre a maneira de levar este processo sem que a qualidade de vida urbana se veja comprometida por um meio ambiente de mal a pior", considerou o jornal em um editorial.

Durante o fim de semana, uma espessa névoa com um ar muito carregado de partículas finas envolveu o norte e o leste da China, onde afetou os transportes e provocou uma venda massiva de máscaras.


A densidade de partículas de 2,5 microns de diâmetro (PM 2,5), as mais perigosas, superaram em certas regiões o limite de 993 microgramas por metro cúbico, segundo o centro de vigilância ambiental da capital chinesa. As PM 2,5 podem entrar até mesmo nos alvéolos pulmonares e emigrar para o sangue.

A rede de televisão estatal CCTV seguia desaconselhando nesta segunda-feira o uso da bicicleta em Pequim, onde a visibilidade continua sendo reduzida.

As autoridades são acusadas com frequência de subestimar ou ocultar a gravidade da poluição atmosférica nas zonas urbanas. O jornal Global Times exigiu "a publicação dos dados ambientais com toda a franqueza".

Segunda potência econômica do planeta e primeiro mercado mundial do automóvel, a China vê seu meio ambiente ameaçado por suas diversas indústrias poluentes, por seu tráfego em constante expansão e por sua negligência na hora de proteger os ecossistemas.

Além disso, 70% de sua energia provém da combustão do carvão, o que converte a China no primeiro emissor mundial de gases de efeito estufa.

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