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Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h01.
Montevidéu - A aprovação do presidente do Uruguai, José Mujica, foi de 39% em julho, nível mais baixo desde que assumiu o cargo, entre outras razões por seu plano para descriminalizar a maconha, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.
A última medição sobre a popularidade do presidente foi em abril, quando o governante atingiu a marca de 47% de aprovação. A porcentagem dos que desaprovam a gestão de Mujica ficou em 33% em julho, cinco pontos a mais do que em abril.
Entre os fatores que a empresa de consultoria assinala como determinantes para a queda da aprovação está a iniciativa de Mujica de descriminalizar a produção e comercialização da maconha, atualmente em debate no Parlamento.
Outros aspectos que influenciaram a perda de popularidade foi a substituição do ministro de Turismo e Esporte, Héctor Lescano, que era o mais popular de seu gabinete, a suspensão do Paraguai do Mercosul e o simultâneo ingresso da Venezuela ao bloco regional, que gerou um enfrentamento público entre o presidente e o vice-presidente, Danilo Astori.
Além disso, a quebra da companhia aérea uruguaia Pluna, que não contou com nenhuma ajuda do Estado, pesou na hora de avaliar o desempenho do presidente.
A enquete entrevistou 713 pessoas em cidades com mais de 10 mil habitantes e tem como margem de erro 3% a mais ou a menos.
José Mujica, de 77 anos, é um ex-guerrilheiro e o segundo presidente da história do Uruguai do partido esquerdista Frente Ampla. O primeiro foi o socialista Tabaré Vázquez, que lhe entregou o poder em 1ª de março de 2010.