Phil Schiller, vice-presidente de produtos da Apple, apresentando o MacBook Pro (Justin Sullivan / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 10h34.
São Paulo – A Apple justificou a retirada de seus produtos do crivo da EPEAT, sistema que avalia o quanto aparelhos eletrônicos não agridem o meio ambiente.
Segundo a companhia, “os produtos da Apple são superiores em outros aspectos ambientais importantes que não são medidos pela EPEAT”.
De acordo com o site The Loop, uma representante da Apple, Kristin Huguet, garantiu que a empresa usa padrões ambientais rigorosos para desenvolver seus produtos, sendo que vários não são considerados pela EPEAT.
A declaração veio pouco após anúncio de que São Francisco pararia de comprar os computadores da Apple em função do rompimento com a EPEAT. Os representantes da cidade firmaram compromisso em 2007 de comprar apenas produtos eletrônicos em alinhamento com as normas do sistema de medição.
Segundo o The Loop, a declaração da Apple tem fundamento. O site afirma que companhias com mais de uma centena de produtos aprovados pela EPEAT não obedecem ao padrão Energy Star de consumo eficiente de energia e nem divulgam suas emissões de gases tóxicos – duas medidas positivas para o meio ambiente que são adotadas pela Apple.
A próprio EPEAT admitiu, durante entrevista em março ao GreenBiz, que precisava atualizar seus critérios, além de adequar seus padrões a smartphones e tablets, que ainda não são analisados pela ferramenta.
A Apple foi criticada ontem por ter descartado o uso dos critérios da EPEAT, com os quais atuava desde 2007, e com os quais podia comemorar sua atitude ecologicamente correta. Houve especulações sobre o MacBook Pro com tela Retina ser o principal motivo para a decisão, devido a dificuldades com seu desmonte e reciclagem.