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Apple e Facebook lideram lista de "menos verdes" do Greenpeace

Relatório da ONG ambientalista avaliou o desempenho das empresas do mercado de tecnologia da informação com base na dependência de fontes de energia fóssil

A companhia de Steve Jobs tem 54,5% da energia proveniente da queima de carvão.  (Getty Images)

A companhia de Steve Jobs tem 54,5% da energia proveniente da queima de carvão. (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 25 de abril de 2011 às 17h03.

São Paulo - A demanda por produtos e serviços ligados à tecnologia da informação cresce exponencialmente em todo o mundo. Mas todo o conteúdo que circula pelo planeta precisa de um armazenamento físico e de muita energia para alimentar as bases de dados. Essa energia pode ser limpa, quando vinda de fontes renováveis, ou suja, oriunda de combustíveis fósseis.

Sob a luz deste debate, a Internet decepciona, aparecendo como um ambiente pouco sustentável. Um levantamento divulgado pelo Greenpeace listou as maiores companhias ligadas ao setor com base no tipo de energia que elas usam para abastecer seus centros de dados. A Apple lidera o ranking de empresas "menos verdes", com 54.5% de sua energia vinda de fontes não renováveis. 

A empresa de Steve Jobs foi associada à dependência de carvão, altamente poluente,  e energia nuclear nos seus datacenters na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que segundo a organização é um dos estados americanos com a rede elétrica mais "suja" (61% de origem fóssil e 31% nuclear).

Em 2º lugar, aparece o Facebook, cuja demanda energética é 53,2% suprida por combustível fóssil. Segundo o relatório, a companhia responsável por 9% de todo tráfego na internet nos EUA e que conecta mais de 600 milhões de pessoas no mundo peca pela "falta de visão para se tornar uma empresa 'alimentada' por energia limpa". Outra crítica à empresa de Mark Zuckerberg diz respeito à falta de informações transparentes sobre as emissões de gases de efeito estufa de cada um de seus datacenters espalhados pelo país.

O fornecimento precário de dados concretos sobre emissões nocivas das empresas citadas foi, em geral, alvo de crítica pelo Greenpeace. O relatório, intitulado "How Dirty is Your Data?", citou também a HP, Twitter e a IBM entre as mais poluentes e pouco transparentes. Quem se saiu melhor na avaliação do Greenpeace foi a Akamai, rede fornecedora de de serviços de "cloud computing" e aplicações móveis. O Google, Amazon e Yahoo também fizeram bonito e foram mencionados como empresas que procuram usar energia limpa. Confira o ranking completo na tabela abaixo, segundo uso de energia fóssil:

Empresa de TI % de energia fóssil
 Apple             54,5
 Facebook             53,2
 IBM             51,6
 HP             49,4
 Twitter             42,5
 Google             34,7
 Microsoft             34,1
 Amazon.com            28,5
 Yahoo!            18,3
 Akamai              0
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