Las Vegas: a Polícia indicou a veículos de imprensa locais que utilizará drones para vigiar a multidão (Las Vegas Sun/Steve Marcus/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 06h47.
Las Vegas - Las Vegas reforçará as medidas de segurança com quase 2 mil membros da Guarda Nacional e da Polícia local, com apoio aéreo e de franco-atiradores para garantir a segurança na grande comemoração de Ano Novo, que acontecerá três meses depois do pior massacre a tiros da história moderna dos Estados Unidos.
O aeroporto e outros pontos sensíveis da cidade dos cassinos, onde aconteceu o tiroteio de 1º de outubro deste ano, receberão vigilância especial para que os mais de 330 mil presentes previstos possam receber 2018 sem sustos.
Para isso, além da presença de 1.500 policiais e 360 membros da Guarda Nacional (uma força militar mobilizada em situações de emergência e coordenada pelos estados), pelo menos 20 veículos militares vigiarão a região e unidades de resposta rápida desdobradas habitualmente neste tipo de comemorações ficarão a postos.
"Temos os helicópteros que estarão monitorando a área, atendimento médico em pontos especiais e franco-atiradores em certos edifícios que, por razões óbvias, não podemos divulgar quais são", afirmou à Agência Efe o oficial Aden Ocampo-Gómez.
O porta-voz da Polícia Metropolitana de Las Vegas disse que, apesar deste forte esquema, os presentes não notarão a "diferença" e poderão "se divertir sem sentir que algo acontece".
A vigilância para evitar que se repita o massacre de outubro, no qual morreram 58 pessoas que assistiam a um show ao ar livre, também contará com especialistas em inteligência, pois o Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) elevou o protocolo de segurança ao Nível 1, o máximo.
Um bom número de agentes da Polícia local já trabalha na cidade, que se despedirá de 2017 com festas e apresentações de Britney Spears, Foo Fighters, Bruno Mars e Maroon 5, entre outros artistas.
Além disso, a Polícia indicou a veículos de imprensa locais que utilizará drones para vigiar a multidão e observar qualquer tipo de atividade incomum, assim como identificar e rastrear possíveis pacotes suspeitos.
A Polícia Metropolitana de Las Vegas tinha recebido cinco drones dias antes do tiroteio, embora ainda não tivesse começado a usá-los quando Stephen Paddock começou a disparar da janela de um quarto no hotel Mandalay Bay contra a multidão reunida em um show de música country.
A Polícia local e o FBI continuam sem respostas sobre os motivos que levaram Paddock a cometer este massacre que, além dos 58 mortos, deixou mais de 500 feridos.
Quanto ao tiroteio, o FBI espera que as informações sobre as possíveis causas do massacre sejam esclarecidas até o primeiro aniversário da tragédia.
Contudo, as autoridades afirmam que a cidade está pronta para afastar qualquer dúvida que o tiroteio possa ter semeado sobre sua capacidade de proteger multidões em eventos como o da noite de 31 de dezembro, mas lembram às pessoas que é preciso colaborar com a aplicação destas medidas.
Nem no local onde aconteceu o massacre de outubro, nem na rua Freemont, no centro da cidade, será permitido o acesso com mochilas, pacotes, bolsas grandes ou recipientes de vidro.
O público só poderá entrar com bolsas ou carteiras pequenas onde não caibam nenhum tipo de arma nos cinco quilômetros da principal avenida da cidade, que ficará fechada para o tráfego na noite de domingo.
Além disso, esta área ficará protegida com cerca de 800 blocos de cimento para evitar que ninguém possa entrar com um veículo para cometer um atropelamento em massa entre o público, que aproveitará os concertos e os fogos de artifício dos principais clubes da cidade.