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Após renúncias, presidente do Iêmen afirma que maioria o apoia

Saleh acredita que povo permanece em segurança, com estabilidade e com legitimidade constitucional

Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen: "Forças Armadas vão cumprir seus deveres" (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen: "Forças Armadas vão cumprir seus deveres" (Marcel Mettelsiefen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 14h04.

Sanaa - O presidente do Iêmen, Ali Saleh, afirmou nesta sexta-feira que ainda resiste e que a maioria do povo o apoia, apesar das crescentes renúncias de responsáveis de seu regime para se unirem aos manifestantes da oposição.

"Resistimos como as montanhas Aiban e Naqim, assim como a maioria do povo iemenita, que permanece em segurança e com estabilidade e legitimidade constitucional", disse Saleh durante uma reunião com dirigentes da tribo Zarua, em Sana.

Saleh declarou que "os que incitam ao caos, à violência, ao ódio e aos atos de sabotagem são uma minoria do povo iemenita", e acusou os manifestantes de tentarem "ficar contra a legitimidade constitucional".

O Conselho Nacional de Defesa iemenita, presidido pelo próprio Saleh, expressou seu apoio ao presidente e antecipou que enfrentará qualquer tentativa de oposição à legitimidade constitucional e ao processo democrático.

Segundo o comunicado, transmitido pela emissora de televisão estatal, "as Forças Armadas vão cumprir seus deveres e não vão economizar esforços para garantir a segurança dos cidadãos e do país".

O Conselho acrescentou que "mantém consultas contínuas para tratar dos avanços da situação nacional".

Na manhã desta segunda-feira, um alto comandante militar do Exército iemenita, o general Mohammed Ali Mohsen, considerado o "número dois" do Exército, revelou em um vídeo divulgado pelo canal "Al Jazeera" seu apoio "à revolução do povo e a seus pedidos".

O anúncio de Mohsen, meio-irmão do presidente, aconteceu um dia depois de Saleh ter destituído o Governo após a renúncia de vários ministros em protesto pela violenta repressão das revoltas populares contra o regime, que explodiram em 27 de janeiro.

Nos últimos dias, renunciaram os ministros de Turismo, de Assuntos Religiosos e de Direitos Humanos, assim como outros 17 deputados e responsáveis governamentais.

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