Ex-ministro-chefe da Casa Civil poderá voltar à iniciativa privada após quarentena (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 19h57.
São Paulo – O ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci terá de cumprir uma quarentena (a lei determina quatro meses no caso de ministros) e depois estará livre para, em tese, retomar as funções de consultor político e econômico.
Foi justamente a atividade como consultor que o derrubou. Ele acumulou R$ 20 milhões, a maior parte nos dois meses que antecederam a posse de Dilma Rousseff. Pressionado, não revelou o nome das companhias que contrataram o seu serviço nem os valores movimentados pela sua empresa, a Projeto.
Palocci não tem mais a vaga de deputado, exercido no período de 2006 a 2010. O político não concorreu a nenhum cargo na última eleição, se dedicando às funções de coordenador de campanha eleitoral da então candidata Dilma Rousseff.
Palocci ficou apenas 158 dias no posto, que era considerado o mais importante dentre todos os ministérios. Além de ser o principal articulador político do governo Dilma, Palocci era tido como o responsável pelas diretrizes econômicas. Exatamente por isso, era admirado e respeitado pelo empresariado e pelo mercado financeiro.
Analistas avaliam que o resgate político de Antonio Palocci é difícil, mas não impossível. Mesmo após o escândalo da quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa, Palocci foi eleito deputado federal em 2006.